No Rio de Janeiro, incêndios também viraram caso de polícia. Agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) fizeram ontem, 16, operações em diferentes pontos do estado para reprimir ações de criminosos em unidades de conservação. Em Petrópolis, um adolescente, segundo a Polícia Civil, admitiu na delegacia ter provocado as chamas que devastaram uma grande área verde em Secretário, no distrito de Pedro do Rio, no último domingo. Ele foi levado à 106ª DP (Itaipava) na companhia do pai.
Mais de 20 pessoas são alvos de investigação no Rio de Janeiro por causa das queimadas. A DPMA atua em conjunto com delegacias distritais do interior para identificar outros envolvidos. Foram feitas diligências na Região Serrana, em Niterói e na capital, e os trabalhos incluem perícias de local, oitiva de testemunhas e análises de imagens de câmeras de segurança. Nos últimos cinco dias, foram combatidos cerca de 1,2 mil focos criminosos em áreas do Rio de Janeiro.
O governador Claudio Castro (PL) criou ontem uma força-tarefa para investigar incêndios e também regular a venda de água em carros-pipa, evitando a cobrança de preços abusivos. Ao menos quatro sistemas de abastecimento do estado já estão em estado de alerta: Mangaratiba, Macaé, Imunana-Laranjal e Acari. Entre as cidades afetadas, estão São Gonçalo, Niterói, Itaboraí e Maricá. Locais da Baixada também já sofrem como desabastecimento, assim como na Ilha de Paquetá, na capital.
No Sistema Acari, a situação é crítica, com a estiagem atingindo níveis históricos, pela falta de chuvas. O governo do estado determinou que nas regiões mais afetadas carros-pipa sejam disponibilizados com prioridade para escolas, creches e hospitais.