A volta dos radares móveis é vitória da prudência
Justiça ordena a volta da fiscalização nas estradas; não cabe mais recurso à decisão do TRF
![NA MIRA - Radar móvel em ação: o banimento durou só quatro meses](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/12/prf-radar-movel-2019-2.jpeg.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Após quatro meses, os radares móveis voltaram às estradas em pleno fim de ano, período de maior movimento em decorrência das festas. No último dia 16, o Tribunal Regional Federal decidiu em nome da prudência: não existem elementos suficientes para sustentar o despacho do presidente Jair Bolsonaro sobre a irrelevância do uso de radares móveis para a segurança do trânsito. Apesar de a ausência dos equipamentos de fiscalização não ter se refletido em aumento alarmante do número de acidentes nas rodovias federais, que permaneceu em torno de 600 ocorrências por mês, a determinação de reduzir o controle é alvo de críticas. “Só o radar fixo não resolve, porque há sistemas que avisam sua localização, o que permite ao motorista burlar o limite de velocidade nos intervalos de fiscalização”, diz Horácio Augusto Figueira, especialista em engenharia de tráfego. Os radares móveis retornaram às estradas no dia 23. Não cabe mais recurso à decisão do TRF.
Publicado em VEJA de 1º de janeiro de 2020, edição nº 2667