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A ‘pegadinha’ da polícia para tumultuar o plano de resgate de Marcola

Estratégia de contrainformação visava confundir criminosos que articulavam ataques contra autoridades e policiais penais

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h00 - Publicado em 24 fev 2024, 20h36
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  • No fim de novembro do ano passado, circulou a notícia de que o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, seria novamente transferido da Penitenciária Federal de Brasília. O motivo seria o fato de estar em andamento um plano, capitaneado diretamente por Marcola, como é conhecido, para sequestrar ou assassinar autoridades.

    Conforme mostra reportagem de VEJA desta edição, o alerta sobre o planejamento do PCC é real, impôs a membros dos três poderes em Brasília uma mudança em suas rotinas e o reforço de seus aparatos de segurança.

    Já a transferência do chefão do PCC, até onde se sabe, não foi concretizada. À época, dizia-se que a remoção se daria sob total sigilo por questões de segurança, o que dificultaria o acompanhamento do desfecho.

    Investigadores que monitoram o líder do PCC em Brasília garantem, no entanto, que a transferência jamais aconteceu e que ele continua sob custódia do presídio de segurança máxima da capital federal.

    Segundo eles, a informação da mudança de endereço de um dos maiores criminosos do país seria justamente uma estratégia da polícia em busca de desestimular o planejamento de ataques. “Isso foi um pouco de contrainformação, porque os investigadores estavam com medo do resgate”, diz uma autoridade que acompanhou o caso de perto.

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    Em novembro, também na esteira das movimentações de resgate do Marcola, o governo federal editou uma portaria que tornou mais rigorosa a transferência de detentos considerados de altíssima periculosidade, com a exigência da elaboração de um relatório de análise de risco.

    Plano em andamento

    Marcola cumpre pena de mais de 300 anos de prisão por uma extensa lista de crimes, como formação de quadrilha, homicídio e tráfico de drogas.

    Sem nenhuma perspectiva de ser libertado, ele ordenou, conforme mostram as investigações, que seja colocado em prática um plano de sequestro ou atentados contra autoridades em troca de sua soltura.

    Órgãos de inteligência captaram que o plano já estaria em andamento, o que elevou as preocupações e forçou o robustecimento do esquema de segurança de autoridades da capital.

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