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A curiosa fusão entre o MST e o governo Lula

Manifestantes invadiram a sede do Incra no Ceará e foram saudados pelo superintendente do órgão

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 mar 2024, 17h34

Manifestantes do MST, em sua maioria mulheres, invadiram na última quinta-feira a sede da superintendência do Incra em Fortaleza, Ceará. Numa atitude absolutamente distinta ao que se espera de um gestor público, o superintendente do órgão no Estado não só participou da manifestação como saudou as manifestantes e ressaltou a importância do movimento.

Segundo informou o próprio MST, a sede do Incra foi invadida por 600 mulheres. As fotos distribuídas pelo movimento mostram que poucos homens participaram da manifestação. A invasão faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que este ano traz o lema “Lutaremos por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos”.

Durante a invasão, os manifestantes denunciaram “o descaso com a reforma agrária”. Em tese, uma crítica ao governo. Os coordenadores nacionais e regionais do MST, no entanto, assumiram diversos cargos de destaque no Ministério do Desenvolvimento Agrário, no Incra e na Presidência da República durante o governo Lula. Portanto, o movimento faz parte do governo, apoia o governo e protesta contra o governo ao mesmo tempo.

Superintendente do Incra dá apoio aos invasores

O superintendente do Incra em Fortaleza, Erivando Santos, recebeu uma comissão de invasores, desceu ao local do protesto e fez uma breve saudação aos manifestantes. “Esse movimento é um movimento importante, inclusive para o fortalecimento da instituição, assim como da política da Reforma Agrária, temos dito em diversas oportunidades, que nós somos de um governo e compreendemos que os movimentos sociais contribuem para que o este defina as prioridades”, disse Erivando, conforme reproduziu o próprio MST em seu site.

O superintendente falou também sobre a importância de o MST pressionar o governo. “Assim como a luta do MST, a luta sindical, todos aqueles que organizam a luta do povo, sobretudo no campo que pressiona o governo, ajuda a definir o orçamento pra atender as demandas das trabalhadoras e dos trabalhadores. Portanto, contem com a superintendência do Incra do Ceará, nós recebemos a pauta de vocês, vamos analisar a pauta junto com nossa equipe e em seguida enviar para direção do Incra, e amanhã vamos retomar o diálogo com a equipe de negociação para dá um retorno”, afirmou o superintendente.

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