A baixaria que virou a disputa eleitoral entre Lula e Jair Bolsonaro, acredite, pode e vai piorar nos próximos dias. Acuada pelo impacto do caso das meninas venezuelanas, a campanha bolsonarista está mobilizada no garimpo do passado petista para encontrar uma “bala de prata” do mesmo calibre contra Lula.
O bolsonarismo já associou o petista a todo tipo de vulgaridade, mas busca agora um escândalo sexual no passado do petista para neutralizar a onda criada pelas falas do presidente sobre o “clima” com menores de idade venezuelanas.
“A lama ainda nem começou”, disse ao Radar uma fonte do núcleo de campanha do presidente.
A praticamente dez dias da eleição, com a disputa de segundo turno indefinida — e marcada por uma guerra de desqualificação e fake news no interior deste país continental, inalcançável ao TSE e aos institutos de pesquisa –, a única certeza é que nenhum candidato correrá o risco de investir num debate propositivo sobre o futuro do país.
Não há mais espaço para algo civilizado até o dia 30.