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25% dos moradores eram estrangeiros, diz prefeito Bruno Covas

Município fazia o cadastramento de 150 famílias que ocupavam o prédio que desabou em um incêndio na madrugada desta terça-feira

Por Da Redação Atualizado em 1 Maio 2018, 13h31 - Publicado em 1 Maio 2018, 09h03
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  • O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) afirmou que o município fazia o cadastramento de 150 famílias que ocupavam o prédio que desabou em um incêndio na madrugada desta terça-feira, no centro da capital paulista. O edifício pertence à União e já abrigou a superintendência da Polícia Federal.

    “Nós já estávamos em tratativas com a União para poder receber este prédio utilizá-lo e poder encaminhar as famílias para um local adequado”, afirmou em entrevista coletiva no local. Bruno Covas acrescentou que cerca de 25% dos moradores do prédio eram estrangeiros.

    Segundo o prefeito, a região do Largo do Paissandu, onde aconteceu o incêndio, tem mais oito prédios ocupados. Ao todo, o município contabiliza uma centena de ocupações irregulares em toda a cidade. “As famílias estão sendo encaminhadas para os abrigos da prefeitura”, disse.

    Bruno Covas também disse que o governo do estado vai colaborar com o auxílio-aluguel para essas famílias. “O cadastro vai permitir a identificar quem são as famílias que serão beneficiadas”.

    “Certamente tem vítima”, disse o governador Márcio França (PSB) mais cedo. “É sempre muito triste porque são pessoas que não têm muita alternativa e estão aqui por força das circunstâncias. Vamos tentar cuidar das que estão aqui e sobreviveram e ver o que se pode fazer no rescaldo”, disse aos jornalistas.

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    Tragédia

    Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o incêndio teria começado por volta de 1h30. O desabamento ocorreu por volta da 3h, em consequência das chamas. As causas do incêndio ainda são ignoradas, mas as informações iniciais são de que o fogo começou no 5º andar do prédio. Alguns edifícios próximos foram evacuados e toda área está isolada. As informações da Defesa Civil são de que o prédio que desabou era ocupado por várias famílias de pessoas em situação de rua.

    Segundo comerciantes do entorno, antes de a construção ruir, algumas pessoas pediam socorro no último andar. As chamas começaram no quinto andar, se alastrando rapidamente para os níveis superiores. Ao todo, 160 militares atuam no combate ao incêndio e no resgate das vítimas.

    De acordo com o Corpo de Bombeiros, o prédio já havia passado por vistoria, na qual foram relatadas as péssimas condições do local às autoridades do município. De acordo com a corporação,os compartimentos entre os andares eram divididos por madeira, o que ajudou a propagar as chamas.

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    Ainda não há confirmação de mortos ou feridos. A Defesa Civil Estadual está no local e realiza cadastramento de todas as famílias que poderiam estar no prédio no momento do incêndio. Um edifício vizinho também foi atingido e as chamas se espalharam por dois andares. Ele foi esvaziado e interditado. Segundo o Corpo de Bombeiros, o risco de colapso é mínimo e não há vítimas deste incêndio.

    “Eu estava em horário de serviço e escutei várias pessoas gritando, barulho de vidros caindo. Quando fui ver o que era, as ruas, que estavam desertas, ficaram cheias de pessoas desesperadas”, disse o recepcionista Flávio Gabia, que trabalha em um hotel no Largo do Paissandu. Segundo ele, vários clientes deixaram o estabelecimento quando viram o incêndio. Um hotel ao lado dos edifícios em chamas também foi esvaziado e interditado.

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