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1/4 das barragens de rejeitos de minério com alto risco são da Vale

Instalações da empresa são consideradas de baixo risco de rompimento e grande potencial de danos, mesma classificação do reservatório de Brumadinho

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h56 - Publicado em 30 jan 2019, 15h24

A Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou uma lista de 3.387 barragens priorizadas para fiscalização a partir da tragédia de Brumadinho (MG). Todas têm alto risco de se romperem ou de causar danos ao entorno em que estão instaladas. O levantamento inclui barragens de usinas hidrelétricas ou destinadas ao abastecimento de água e contenção de rejeitos de mineração, como o reservatório da Vale que rompeu em Minas Gerais.

A ANA contabiliza 205 barragens de alto risco usadas para conter rejeitos de mineradoras e quase um quarto delas (50) pertence à Vale. A barragem I do Córrego do Feijão que rompeu na cidade mineira era classificada como de baixo risco de rompimento, mas seu potencial de causar danos ao entorno era considerado alto. Exceto por um empreendimento em Parauapebas, de risco médio de rompimento, todas as outras barragens têm a mesma classificação de Brumadinho.

De acordo com a agência governamental, o chamado “potencial associado”, que mede o risco de estragos no entorno, está associado à proximidade de cidades, povoados, indústrias e rodovias. Quanto mais perto, mais alta é a classificação do risco.

Desativação

As cinquenta barragens de contenção de minério sob alto risco de rompimento ou de dano estão além do total de dez reservatórios que a Vale se comprometeu a desativar. Nesta terça-feira, a mineradora anunciou que irá fechar todas as barragens semelhantes às que romperam em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais.

Nas duas cidades mineiras, a mineradora utilizava o método conhecido como alteamento a montante, no qual a barragem vai subindo na forma de degraus de acordo o volume dos rejeitos vai aumentando. Segundo o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, a empresa tinha dezenove barragens funcionando por esse sistema, mas nove já estavam desativadas. Para fazer a desativação das dez que restaram, a Vale precisará suspender a produção por medida de segurança.

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De acordo com ele, a suspensão representará uma redução na produção de 40 milhões de toneladas por ano de minério de ferro, o equivalente a 10% da volume total da companhia. O processo de descomissionamento, que significa devolver a barragem à natureza, demora de 1 a 3 anos. O custo para a desativação das estruturas será de 5 bilhões de reais.

Segundo Schvartsman, os projetos estão prontos e serão enviados aos órgãos responsáveis nos próximos 45 dias. “Após a concessão das licenças ambientes, iniciaremos imediatamente o processo para que todas sejam descomissionadas.” Todas as 19 barragens que serão desativadas ficam em Minas Gerais. Vale garante que não irá demitir funcionários em razão dessa redução, e sim absorvê-los em outros locais de mineração.

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