Há sete meses morando em Boston, nos Estados Unidos, o locutor de rodeios Asa Branca recebeu alta hospitalar na quarta-feira 3. Paciente de câncer e portador do vírus HIV, ele teve complicações como uma necrose nos ossos do maxilar. Agora, tratou uma grave infecção no intestino.
Qual é o seu estado de saúde? Tive uma radionecrose em decorrência das sessões de radioterapia, encerradas no meio de 2017, para matar um câncer na garganta. O triste é que, desde então, não como alimentos sólidos. Sinto falta de bife, arroz e feijão.
Como o senhor se alimenta? Devido à infecção nos ossos, minha mulher, a Sandra, bate tudo no liquidificador. Tomo por obrigação, não há prazer. Estou com 69 quilos.
O senhor ainda corre riscos? Eu me recuso a morrer, venço a morte como venci muito touro bravo. Uma criptococose me rendeu oito pinos na cabeça e 83 dias na UTI em 2013, mas estou aqui. O HIV que tenho não atrapalha em nada, minha garra é a mesma. O hospital dos Estados Unidos é chique, o quarto lembra o de um hotel de luxo.
Como o senhor paga o tratamento? Um amigo me colocou no plano de saúde da empresa dele. Estou duro. Vou rifar meu Jeep Compass. Aqui, o bagulho é louco: as contas são em dólar.
Publicado em VEJA de 10 de abril de 2019, edição nº 2629
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