Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Thomas Traumann

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
Continua após publicidade

Para Wall Street, Bolsonaro virou Macri

Desapontados com Guedes, investidores estrangeiros buscam informação sobre Lula

Por Thomas Traumann, de Nova York
5 ago 2021, 13h04

Três anos depois de conquistarem corações e mentes dos investidores com as promessas de melhora no ambiente de negócios, privatizações e redução da carga tributária, os nomes de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes causam um misto de desapontamento e raiva entre os responsáveis pelos fundos emergentes. “Bolsonaro é um novo Macri (em referência ao ex-presidente argentino Maurício Macri). Foi eleito como um liberal e governa como mais um populista”, diz o chefe de um fundo americano com bilhões de exposição no Brasil.

“Para entender o humor externo basta comparar o Brasil que Bolsonaro e Guedes herdaram do Temer e Meirelles. O Brasil vai chegar ao final de 2022 com juros mais e inflação mais altos (do que em 2019), déficit três vezes maior, desrespeito a limitações como o Teto de Gastos, intervenção na Petrobras e a possibilidade real da volta da esquerda. É igual à Argentina”, comparou outro investidor, que ajudou Guedes a abrir portas em Wall Street na campanha de 2018.

Os investidores estrangeiros veem um descompasso com os nacionais. Acham que o mercado local está desmerecendo sinais ruins da gestão Guedes, como o calote de precatórios, o estouro da Lei do Teto de Gastos, os gastos eleitorais com o novo Bolsa Família bolsonarista, e riscos graves exógenos, como a chegada no Brasil da variante Delta da Covid, a falta de chuvas no Sudeste (eles não acreditam em apagão, mas em forte efeito inflacionário do reajuste de tarifas) e a subida dos juros nos EUA no ano que vem.

Os economistas americanos reclamam da falta de informação sobre a política econômica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não temos acesso. Ficamos olhando para os movimentos do PT para tentar adivinhar”, contou um economista. “Se for como o primeiro mandato, tudo se ajeita. Se for como o governo Dilma, estaremos entre dois diabos conhecidos, mas no do Bolsonaro ganhamos dinheiro.”

Os operadores acham que o Banco Central está atrasado na curva de juros e vai ser forçado a entregar uma taxa Selic entre 7,5% e 8% para manter inflação de 2022/23 na meta.

Para o ano que vem, a única certeza dos investidores é a volatilidade. Na definição de um broker que opera Brasil há 20 anos, “com Lula e Bolsonaro na disputa, o mercado vai passar a campanha toda com o dedo no gatilho”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.