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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)

E a Michelle, hein?

Bolsonaro distorce dados para a ONU, mas era esperado. O que vale é saber por que a primeira dama recebeu R$ 89 mil da família Queiroz

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 set 2020, 17h12 - Publicado em 22 set 2020, 11h48

O discurso gravado do presidente Jair Bolsonaro para a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas combina exageros, distorções e mentiras. Mas ganha uma passagem só de ida para Rio das Pedras quem imaginava algo diferente. Bolsonaro fala o quer. O importante é o que ele não fala. Ele não fala, por exemplo, sobre qual motivo levou a sua mulher, Michelle, receber R$ 89 mil da família de Fabrício Queiroz.

Enquanto Bolsonaro inventa que existe cristofobia no Brasil, o inquérito que investiga um esquema de corrupção supostamente liderado pelo ex-polícial Fabrício Queiroz avança no Rio de Janeiro.

A denúncia contra o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, deve ser apresentada ainda neste mês. Flavio será denunciado pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a investigação, Flavio era o arquiteto do esquema no qual Queiroz contratava funcionários fantasmas e depois recolhia parte dos salários. Os promotores e policiais descobriram dezenas de ex-funcionários dos Bolsonaros que sistematicamente faziam retiradas em dinheiro de suas contas, supostamente para devolver parte do valor para a família. Entre as pessoas que receberam o dinheiro está Michelle Bolsonaro.

Pela Constituição, o presidente Jair Bolsonaro não pode ser julgado por atos prévios à sua posse. Ele também tem foro privilegiado no STF. Isso significa que o presidente não pode ser citado no inquérito das rachadinhas. Flávio Bolsonaro, por sua vez, tenta obter privilégio similar por ser senador.

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Sobram dois elos fracos. O primeiro é Queiroz, que está em prisão domiciliar por motivos de saúde. O segundo elo é Michelle, que não tem foro especial. Ela pode ser investigada pelo Ministério Público e pela Receita Federal, caso não tenha declarado o recebimento do dinheiro.

A preocupação da família Bolsonaro com o episódio é tamanha que se aproximaram do governador interino do Rio, Claudio Castro. Em novembro, se for confirmado no cargo, Castro irá designar o novo chefe do Ministério da Público do rio. A família Bolsonaro espera que seja alguém que não abra uma investigação para saber sobre as contas da primeira-dama.

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