Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Thomas Traumann

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
Continua após publicidade

Atrás do mensalão bolsonarista

Inquérito do STF repete a tática do 'siga o dinheiro' ao investigar o financiamento de blogs e atos bolsonaristas

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jun 2020, 15h31

No clássico filme Todos os Homens do Presidente, os repórteres que buscavam provar o envolvimento do governo Richard Nixon num esquema para prejudicar o partido Democrata recebem da sua fonte a dica “siga o dinheiro” (você pode assistir à cena aqui). “Seguir o dinheiro” virou um clichê de todas as investigações políticas; afinal, é o rastro do dinheiro que liga os pequenos operadores do dia-a-dia com quem realmente tem o poder.

O inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura a disseminação de notícias distorcidas (“fake news”), a organização de manifestações pró-ditadura e as dezenas de youtubers que defendem o fim da democracia está repetindo a tática do “siga o dinheiro”. Hoje a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas de dirigentes do Aliança pelo Brasil, o novo partido do presidente Jair Bolsonaro, e youtubers da extrema-direita. Essa é a primeira ação solicitada pela Procuradoria-Geral da República, que até agora se mantinha neutra na investigação do Supremo Tribunal Federal.

O principal alvo da ação de hoje é o advogado Luís Felipe Belmonte, vice-presidente do Aliança Pelo Brasil, tão ligado à família Bolsonaro que é o número três do partido depois do presidente e do seu filho Flavio. Como mostra esta reportagem de VEJA, Belmonte mantinha contato com os organizadores de manifestações pela ditadura, como a Organização Nacional dos Movimentos (ONM) e o Movimento Direita Conservador (MDC).

Também foram revistadas as casas do deputado Daniel Silveira, do PSL, o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, e o publicitário Sergio Lima, marqueteiro da Aliança Pelo Brasil. Esta é a segunda operação da Polícia Federal referente ao inquérito presidido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes sobre fake news e ameaças à democracia.

ASSINE VEJA

Os desafios dos estados que começam a flexibilizar a quarentena
Os desafios dos estados que começam a flexibilizar a quarentena O início da reabertura em grandes cidades brasileiras, os embates dentro do Centrão e a corrida pela vacina contra o coronavírus. Leia nesta edição. ()
Clique e Assine
Continua após a publicidade

Ao longo das investigações, o inquérito do STF recolheu provas de um esquema profissional de difamação e ameaças aos ministros do próprio STF, líderes do Congresso e governadores. Esse esquema inclui a sustentação financeira de blogs e páginas do YouTube, contratação de profissionais para organizar correntes de WhatsApp, pagamento de gráficas, carros de som e material de campanha política pró-ditadura.

Há fortes indícios de que este esquema teria sido iniciado ao longo da campanha de 2018, com o pagamento de um mensalão por parte de empresários para apoiar a campanha presidencial de Jair Bolsonaro. Em português, isso é caixa-dois, crime passível de cassação da chapa eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral pediu ao STF que compartilhe as provas obtidas neste inquérito para futuros julgamentos de impugnação da chapa Bolsonaro-Mourão. É por isso que o presidente sempre reage com o fígado quando avançam as investigações sobre essa turma.

Depois da posse de Bolsonaro como presidente, o mensalão empresarial teria continuado, ora para financiar ataques ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ora contra ministros do STF como Alexandre de Moraes e Celso de Mello ou ainda governadores, como João Doria. Os empresários envolvidos estão sendo investigados. O dinheiro deixa rastro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.