É possível não gostar de Carnaval sem avisar nas redes, diz especialista
“As pessoas precisam saber que, se não gostam do Carnaval, é só não pular”, diz o psicólogo Eduardo Caldas
Nas duas últimas semanas, o administrador de empresas carioca Josué Siqueira, 35 anos, já postou 257 memes, imagens e textos nas redes sociais para mostrar que não gosta de Carnaval e quer distância dos blocos. No tempo livre, procura outras formas de deixar claro que é avesso à folia. Mas é possível não gostar de Carnaval apenas ignorando a festa, afirmam especialistas.
“As pessoas precisam saber que, se não gostam do Carnaval, é só não pular”, diz o psicólogo Eduardo Caldas. Segundo ele, muita gente tem o pensamento equivocado de que não pode simplesmente ignorar a folia.
“As pessoas criticam o calor, o glitter que não sai, o preço da bebida, o suor, a quantidade de gente. Tudo isso pode ser evitado apenas ficando em sua casa. Não é necessário externar sua raiva. Quer ficar em casa vendo série? Pode ficar, ninguém se importa”, diz o sociólogo Diego Dzodan, por telefone, direto de um bloco no Centro do Rio.
Publicado em VEJA de 26 de fevereiro de 2020, edição nº 2675