Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Senado aprova última MP do ajuste fiscal, mas se rebela contra “Parlashopping’”

Por Cristiane Jungblut, no Globo: O Senado aprovou nesta quinta-feira a Medida Provisória 668, que eleva as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação. Com isso, o Palácio do Planalto conseguiu aprovar no Senado as três MPs do ajuste fiscal: 665, 664 e 668. Mas o Senado também manteve o trecho do texto que permite […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 5 jun 2024, 02h31 - Publicado em 28 Maio 2015, 14h24

Por Cristiane Jungblut, no Globo:
O Senado aprovou nesta quinta-feira a Medida Provisória 668, que eleva as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação. Com isso, o Palácio do Planalto conseguiu aprovar no Senado as três MPs do ajuste fiscal: 665, 664 e 668. Mas o Senado também manteve o trecho do texto que permite à Câmara construir um verdadeiro shopping, o que gerou uma rebelião de alguns parlamentares . Como o texto original da MP foi modificado pelo Legislativo, a proposta vai à sanção da presidente Dilma Rousseff. A maior polêmica na sessão foi quanto ao trecho incluído na Câmara que permite a construção de shopping naquela Casa.

Continua após a publicidade

A MP aumenta de 1,65% para 2,1% o PIS/Pasep na importação e de 7,6% para 9,65% a Cofins, também para importação. No somatório dos dois tributos, há elevação das alíquotas de 9,25% para 11,75% para a entrada de produtos estrangeiros no país, no geral. Mas o texto prevê algumas exceções. A importação de cerveja, com e sem álcool, porém, será ainda mais atingida. No caso de cervejas importadas, com ou sem álcool, as alíquotas passaram a ser de 3,74%, no caso do PIS/Pasep e de 17,23%, no caso da Cofins. No caso de importação de produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal, as alíquotas passam para 3,52% no PIS/Pasep e de 16,48% na Cofins. No somatório dos dois tributos, a tributação passa de 12,5% para 20%.

A mudança nas alíquotas foi anunciada em janeiro pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em mais uma etapa do ajuste fiscal prometido para equilibrar as contas públicas. A questão é que, na prática, o valor final do PIS/Cofins no produto doméstico era maior do que sobre a importação a antes da MP. Em janeiro, a equipe econômica havia estimado uma arrecadação extra de R$ 694 milhões apenas em 2015 a partir dessa alteração. Hoje, Levy ressaltou que a votação da MP que eleva impostos para importados completa ‘estratégia de equilíbrio’ da economia.

“Estamos passando constrangimentos aqui, no Senado. Não dá mais”, disse o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). Diante dos protestos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), prometeu mudar a tramitação das MPs e obrigar a tramitar em separado “matérias estranhas” ao texto, ou seja, os chamados jabutis. A maior polêmica é quanto ao trecho incluído que trata de construção de shopping pela Câmara, que está sendo chamado “Parlashopping”.

“O Senado está sendo achincalhado. É um deboche esses penduricalhos, esses jabutis. Estão aproveitando MPs para fazer negociada no Parlamento”, disse o senador Jader Barbalho (PMDB-AP). “O Senado virou o carimbador mais caro do mundo”, acrescentou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). “É um insulto esse Parlashopping”, atacou o senador Randolfe Rodrigues (AP).

Continua após a publicidade

Um dos artigos incluídos no texto prevê a possibilidade de Parcerias Público-Privadas (PPPs) na Câmara e no Senado, o que permitirá a construção de um complexo de edifícios restaurantes, lojas e garagem subterrânea com 4,4 mil vagas na Câmara. O projeto para o empreendimento, orçado em R$ 1 bilhão, foi aprovado pela mesa diretora da Câmara em março e deve ser viabilizado com a PPP para que empresas arquem com os custos das obras e depois, como contrapartida, recebam a concessão para explorar espaços ou serviços no futuro complexo do Legislativo.

A proposta é que as alíquotas incidam sobre o valor de venda e não mais sobre o volume de produção ou sobre um preço médio.

Além disso, outro trecho da MP beneficia entidades religiosas ao determinar que os critérios para informar os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional aos ministros de confissão religiosa, membros de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa não são taxativos e sim exemplificativos. Ou seja, eles não são taxados. Assim, diz o artigo incluído, os valores despendidos, ainda que pagos de forma e montante diferenciados, em pecúnia ou a título de ajuda de custo de moradia, transporte, formação educacional ou qualquer outra natureza vinculados exclusivamente à atividade religiosa não se configuram remuneração direta ou indireta.

“Abrigos, albergues, hospitais de entidades religiosas não são taxados e não se configuram em remuneração direta ou indireta”, ressaltou o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ).

Continua após a publicidade

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ABRILDAY

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.