Inverno: Revista em casa por 8,98/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Mais um procedimento do neojornalismo que ajuda a devastar a verdade

Antigamente, quando havia um COMPROMISSO COM A VERDADE, não com o OUTRO-LADISMO, jornalistas acompanhavam eventuais confrontos entre manifestantes e polícia e contavam o que viam. Claro, queridos! Sempre há distorções. Um relato nunca é o fato. A depender dos valores, do viés ideológico e das crenças do observador, determinados aspectos ganham ou não relevância. Mas […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h41 - Publicado em 24 jan 2012, 16h14

Antigamente, quando havia um COMPROMISSO COM A VERDADE, não com o OUTRO-LADISMO, jornalistas acompanhavam eventuais confrontos entre manifestantes e polícia e contavam o que viam. Claro, queridos! Sempre há distorções. Um relato nunca é o fato. A depender dos valores, do viés ideológico e das crenças do observador, determinados aspectos ganham ou não relevância. Mas o evento constatado é, ao menos, um compromisso mínimo com a objetividade.

Hoje em dia, a coisa é diferente. Jornalistas se transformaram em “porta-vozes dos que sofrem” — porque, afinal, eles estão ocupados em criar um mundo melhor, entendem? Mas também não é de qualquer sofredor, não — já chego lá. Vejam o caso do Pinheirinho. “Fulana de tal diz que a polícia chegou e a obrigou a sair de casa, sem tempo pra nada”. Ou ainda: “A polícia chegou gritando etc.” Os mais equilibrados ouvem ao menos o comando da PM, que garante que vai apurar o caso. Os mais “comprometidos com o Bem” não fazem nem isso. Afinal, se é invasor de terreno que está falando, então deve ser verdade; se a polícia está sendo criticada, então deve ser assim mesmo.

Há pouco, li no Estadão uma reportagem sobre o fechamento de bares na cracolândia. A dona de um deles acusa os fiscais de terem inventado a existência de uma barata em sua geladeira só para fechar o estabelecimento. E fica por isso mesmo. Ora, como, na grande narrativa inventada por setores da imprensa paulistana, trata-se da luta do Bem contra o Mal (e o “Mal” são o governo do Estado e a Prefeitura), então a acusação da dona do tal bar pode ser publicada na boa. No máximo — nesse caso, não se fez nem isso —, ouve-se algum representante da Prefeitura. E o que o coitado tem a dizer? “Vamos apurar…”

Esse tipo de procedimento não é mais jornalismo. Isso é militância política. Quando criança, escrevi panfletos políticos e participei de jornalecos alternativos. Era trabalho ideológico, sim. E asseguro: não se recorria a esse procedimento. A razão é simples: não há grande diferença entre isso e a mentira.

PS – Afirmei que nem sempre se dá voz aos “oprimidos” contra o Poder Público, não é? Isso só acontece se esse “poder” for “reacionário”, “de oposição”. Se for “progressista”, petista, esquerdista, o assunto some logo do noticiário. CADÊ O ESTUDANTE QUE FICOU CEGO DE UM OLHO no confronto com a Polícia Militar do Piauí, governado pelo PSB e pelo PT? Desapareceu!

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 2,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Ofertas exclusivas para assinatura Anual.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.