Inflação continua em alta e se espalhando, apesar de crise internacional
Por Pedro Soares e Mariana Schreiber, na Folha: A inflação ainda não deu sinais de desaceleração em resposta à crise internacional, conforme as previsões do Banco Central. A prévia do índice oficial de setembro mostrou que os preços continuam subindo -e se espalhando mais por diferentes itens. O IPCA-15, medido pelo IBGE, subiu 0,53% e […]
Por Pedro Soares e Mariana Schreiber, na Folha:
A inflação ainda não deu sinais de desaceleração em resposta à crise internacional, conforme as previsões do Banco Central. A prévia do índice oficial de setembro mostrou que os preços continuam subindo -e se espalhando mais por diferentes itens. O IPCA-15, medido pelo IBGE, subiu 0,53% e bateu as expectativas do mercado. Os reajustes de alimentos, combustíveis, vestuário e passagens aéreas pressionam o indicador do mês, e tornam ainda mais distante o alcance da meta do Banco Central, de 4,5% no ano, com margem de variação de até 6,5%.
Nos 12 meses encerrados em 15 de setembro, a inflação está em 7,33%, maior marca da série, iniciada em 2008. Segundo analistas, o alimentos sobem por conta da entressafra e do consumo em alta. Mas tendem a perder força nos últimos meses do ano. Ao explicar sua decisão de reduzir os juros para 12% no fim de agosto, o BC explicou que a estabilidade dos preços internacionais de grãos, como soja, milho e outros, ajudaria a controlar a inflação. Tal efeito não se fez sentir ainda nos preços domésticos. Para a analista Laura Hiray, do Itaú, a inflação nos próximos meses continuará pressionada por conta da entressafra de alimentos, da troca de estação, que afetará os preços do vestuário, e de problemas climáticos, que afetarão o plantio da cana de açúcar e a oferta de álcool. Aqui