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E agora? Mercado vê dólar a R$ 1,50 até setembro

Por Fábio Alves, da Agência Estado: A valorização do real dificilmente arrefecerá no curto prazo: a taxa de câmbio caminhará para o nível de R$ 1,50 por dólar até setembro. É o que esperam analistas internacionais, que citam os fundamentos da economia brasileira, em particular a taxa de juros bem mais alta do que as […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h17 - Publicado em 26 jul 2011, 18h34

Por Fábio Alves, da Agência Estado:
A valorização do real dificilmente arrefecerá no curto prazo: a taxa de câmbio caminhará para o nível de R$ 1,50 por dólar até setembro. É o que esperam analistas internacionais, que citam os fundamentos da economia brasileira, em particular a taxa de juros bem mais alta do que as outras economias mundiais, para que o País continue recebendo um grande fluxo de capital estrangeiro.

“O governo pode até tentar reduzir o ritmo de apreciação, mas não conseguirá reverter a tendência de um real mais forte”, disse à Agência Estado Win Thin, diretor de pesquisa para mercados emergentes da Brown Brothers Harriman em Nova York. Segundo ele, os números da conta corrente divulgados hoje ainda mostram que o Brasil está atraindo grande quantia de investimento direto e de portfólio (em ações de empresas negociadas em bolsa e títulos de renda fixa) por parte dos estrangeiros. Thin previu que o câmbio atingirá a marca psicológica de R$ 1,50 por dólar entre agosto e setembro.

À medida que o câmbio se aproxime do barreira de R$ 1,50, o estrategista da Brown Brothers Harriman acredita que o governo ficará mais nervoso e provavelmente adotará algumas medidas adicionais de controle cambial para conter a apreciação do real. “Haverá mais nervosismo e mais resistência à aproximação da marca de R$ 1,50″, disse Thin. Para ele, o real está 7% sobrevalorizado com base no cálculo da paridade do poder de compra (PPP, na sigla em inglês) utilizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na opinião do vice-presidente para mercados emergentes da MF Global, Michael Roche, baseado em Nova York, os juros elevados no Brasil tornam o País um destino mais atraente para o dinheiro dos investidores estrangeiros em busca de maior taxa de retorno. “Comparado com outros países emergentes, como a Índia, cuja inflação está em torno de 9,44% e a taxa básica de juros foi elevada hoje para 8%, ou seja, juros negativos, o Brasil oferece uma relação de retorno e risco muito favorável”, disse Roche. Com a taxa Selic a 12,50% e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 6,71%, no acumulado de 12 meses até junho, os juros reais no Brasil tornam-se praticamente “imbatíveis”, ao redor de 5,79%, afirmou o estrategista.

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“Não há outro país, na visão dos investidores, que apresenta uma história tão positiva em termos de fundamentos econômicos como o Brasil, assim os investidores deverão continuar buscando os ativos brasileiros”, afirmou Roche. Ele previu que o câmbio atingirá o patamar de R$ 1,50 até o final de setembro. “Estou confiante que o câmbio vai se fortalecer ainda mais, ultrapassando a barreira de R$ 1,50 por dólar.”

Para Paul Biszko, estrategista sênior para mercados emergentes da RBC Capital Markets em Toronto, no Canadá, a percepção dos investidores estrangeiros de que a presidente Dilma Rousseff não está inclinada a adotar medidas cambiais agressivas até que o cenário internacional se acalme mais, deu o “sinal verde” para um aumento nas apostas no mercado financeiro de um real mais valorizado, o que ajuda a explicar os ganhos da moeda brasileira hoje.

“Se não houver nenhuma deterioração séria no cenário internacional, com uma piora na situação fiscal nos Estados Unidos ou mesmo um rebaixamento na classificação de risco americana, acredito que o real deverá atingir a marca de R$ 1,50 por dólar no curto prazo, algo como nas próximas duas semanas”, disse Biszko. “Se investidores continuarem com apetite por ativos de maior risco, o viés é de um real se valorizando cada vez mais.”

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