Avaliação internacional expõe avanço lento e nível baixo da educação do País
Por Lisandra Paraguassú, no Estadão: Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) trouxeram uma boa e uma má notícia para o Brasil. As notas mostram que a média do País subiu 33 pontos entre 2000 e 2009. O problema é que a qualidade do ensino é tão ruim […]
Por Lisandra Paraguassú, no Estadão:
Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) trouxeram uma boa e uma má notícia para o Brasil. As notas mostram que a média do País subiu 33 pontos entre 2000 e 2009. O problema é que a qualidade do ensino é tão ruim que, entre os 20 mil alunos brasileiros que fizeram as provas de leitura, ciências e matemática, mais da metade deles fica sempre com a nota mais baixa, o nível 1.
É esse desempenho abaixo da média nas provas que mantém o Brasil, apesar da melhora ao longo da década, nos últimos lugares do teste internacional – 53.º de 65 países. Em ciências, nenhum aluno brasileiro atingiu o nível 6 do Pisa. E só 20 deles (0,1%) chegaram ao nível 6 em leitura e matemática.
O Pisa, realizado a cada três anos, avalia o nível educacional dos jovens de 15 anos em todos os países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), considerados de Primeiro Mundo, além de convidados, como o Brasil, que participa desde 2000. Nesse período, o País nunca conseguiu ir além das últimas posições – chegou a ficar nos últimos lugares nas primeiras edições. Neste ano, conseguiu passar, na América Latina, Argentina e Colômbia, mas ainda está atrás de México, Chile e Uruguai. Aqui. Abaixo, ranking publicado na Folha.