A pesquisa Datafolha e a escolha entre a virtude e o crime
Pesquisas eleitorais têm o peso que têm. Neste 2012, houve erros escandalosos, inclusive em São Paulo. Mas estão aí. Mobilizam a imprensa, os ditos setores formadores de opinião e, muito especialmente, os financiadores legais. Ajudam, em suma, a estruturar e a desestruturar campanhas — bom para quem é beneficiado pelo erro, né? O Datafolha divulgou […]
Pesquisas eleitorais têm o peso que têm. Neste 2012, houve erros escandalosos, inclusive em São Paulo. Mas estão aí. Mobilizam a imprensa, os ditos setores formadores de opinião e, muito especialmente, os financiadores legais. Ajudam, em suma, a estruturar e a desestruturar campanhas — bom para quem é beneficiado pelo erro, né?
O Datafolha divulgou mais uma nesta quarta, antes do início do horário eleitoral do segundo turno, sobre a disputa em São Paulo. O petista Fernando Haddad aparece com 47% das intenções de voto, e o tucano José Serra, com 37%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Num segundo turno, ainda que essa diferença seja real, 10 pontos podem valer cinco. A pesquisa servirá para o PT dar uma largada triunfalista. O partido usará a “autoridade” do instituto para anunciar sua vitória iminente. Dizem não saber quem escolher 8% dos eleitores, e outros 8% votariam em branco.
Dadas as características dessa eleição, ainda falta muito tempo para o segundo turno. Vamos ver como cada lado vai se apresentar ao eleitor. O confronto tem de se dar no campo dos valores. Uma disputa eleitoral não é apenas um choque de biografias e de agenda, mas também e sobretudo de valores.
PSDB e PT têm biografias políticas. Os tucanos têm de explicitar isso ao eleitorado paulistano. E esse eleitorado será soberano para escolher entre a virtude e o crime.