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Senador vai ao TCU para barrar convescotes do governo Bolsonaro

Fabiano Contarato pede que órgão proíba governo federal de realizar eventos públicos durante pandemia

Por Manoel Schlindwein Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 mar 2021, 08h32

Uma representação protocolada ontem no TCU pede que, cautelarmente, seja determinada, imediatamente, a proibição da realização de novos eventos públicos de médio ou grande porte pela presidência da república e demais órgãos da União durante a pandemia.

A representação também requer a adoção de providências, pela Corte de Contas, no sentido de apurar a potencial ilegalidade dos gastos públicos destinados a custear a realização de eventos públicos desses órgãos, os quais estariam contrariando as orientações sanitárias e contribuiriam para a disseminação da Covid-19.

A iniciativa é do senador Fabiano Contarato (Rede-ES). Ele pede ainda que sejam determinadas diretrizes, de acordo com os critérios técnicos previstos por autoridades de saúde, para a realização de novos eventos, assim como a limitação do tamanho desses eventos de acordo com os indicadores sanitários da localidade onde se pretender realizá-los.

“Não é razoável a realização de eventos, quando não cercados dos devidos cuidados e de estrita obediência às recomendações de autoridade de saúde. Cada evento realizado pelo governo federal tem o potencial de levar à contaminação de dezenas, centenas de pessoas, as quais se tornam, elas próprias, também vetores de disseminação da Covid-19. O risco de grave lesão ao interesse público, portanto, está configurado”, argumenta o senador.

Nas contas do senador, apenas nos dois primeiros meses do ano, o presidente fez ao menos nove atos públicos, em todas as regiões do país. Contarato afirma: “Essa conduta contraria qualquer esforço destinado a combater a calamidade pública vivida pelo Brasil, além de configurar uma série de ilícitos penais”.

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