Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Radar

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Pedro Pupulim. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Se teve corrupção na Saúde, Witzel ‘não sabia’, diz defesa ao STJ

Advogados do governador alegam que é ‘humanamente impossível tomar parte das numerosas e complexas etapas dos processos de contratação’

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 jun 2020, 23h16 - Publicado em 1 jun 2020, 23h14

No documento de 23 páginas em que se defende no STJ das acusações de envolvimento num esquema de corrupção em contratos da Saúde no Rio, Wilson Witzel, por meio de seus advogados, alega que ele não pode ser cobrado pelo controle absoluto dos processos de contratação do seu governo.

Nas palavras da defesa, “é humanamente impossível, e nem faz parte das atribuições dos governadores, exigir-lhes conhecer e tomar parte nas numerosas e complexas etapas dos processos de contratação realizados pelo Estado”.

Para a defesa, Witzel foi alvo de buscas solicitadas pela PGR sem que a investigação oferecesse “uma linha” de prova de sua ação criminosa: “Não há uma linha sequer dedicada a apontar que o requerente efetivamente sabia de fraudes supostamente cometidas nos processos de contratação, muito menos que ele teria dirigido finalisticamente a atividade dos demais investigados”.

A defesa reproduz trecho do depoimento do ex-subsecretário de Saúde Gabriell Neves, preso e investigado por autorizar a operação criminosa, que afirma “não ter tido contato com o governador Wilson Witzel”.

“Em nenhum momento o Governador foi omisso ou conivente, pois, tão logo os fatos chegaram ao seu conhecimento, ele determinou a realização de uma auditoria nas contratações questionadas e, por prudência, afastou o principal suspeito de ter envolvimento com as irregularidades”, afirmam os advogados.

Continua após a publicidade

A defesa argumenta ainda que Witzel foi envolvido nas investigações por causa de “uma única” conversa interceptada entre investigados em que um deles afirma ter escutado um terceiro afirmar que havia acertado com o governador um dos lances do suposto esquema, no caso, a reabilitação de uma empresa de um dos investigados. Para a defesa, “conversa de ouvi dizer no meio de horas e horas de conversas interceptadas sem nenhuma outra referência que a confirmasse”.

Para mostrar que se preocupa com as evidências de corrupção em atos do próprio governo, Witzel sustenta que, tão logo as irregularidades foram constatadas, determinou a “realização de auditorias em todas as contratações colocadas sob suspeita e, por prudência, exonerou o principal suspeito de ter agido de forma irregular”.

Deflagrada na terça-feira passada, a Operação Placebo, autorizada pelo STJ, buscou provas em 12 endereços relacionados ao governador e a outros envolvidos nos supostos desvios da Saúde.

Continua após a publicidade

O inquérito investiga gastos de 1 bilhão de reais na construção de hospitais de campanha durante a pandemia no Rio. Os valores dos contratos sem licitação incluem compra de respiradores, máscaras e testes rápidos, mas a maior parte do dinheiro, cerca de 836 milhões de reais, foi destinada à Organização Social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas).

A PGR investiga crimes de “peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa” nos gastos emergenciais do governo do Rio de Janeiro na pandemia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.