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Por Robson Bonin
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Relator que blinda Eduardo no Conselho de Ética celebra com Bolsonaro
Igor Timo (Podemos-MG) integrou comitiva que viajou no avião presidencial para evento em Minas
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22 dez 2020, 06h19 • Atualizado em 28 dez 2020, 11h06
O processo aberto contra Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Conselho de Ética por ter defendido a volta do AI-5 caso numa eventual radicalização por parte da esquerda no país está parado há mais de um ano.
Estagnou. O relator do caso, deputado Igor Timo (Podemos-MG), sentou em cima e não apresentou até hoje seu parecer preliminar. É a representação mais atrasada que tramita no conselho.
Timo é um entusiasta do governo do pai do representado. Deixou isso claro na última quinta-feira, quando integrou a comitiva de parlamentares mineiros que viajou no avião presidencial para inaugurar uma obra no Vale do Jequitinhonha, em Minas.
O deputado fez vários vídeos, de quando chegou à Base Aérea, em Brasília, durante o voo e no ato comemorativo.
No avião, ele gravou com o presidente e postou nas suas redes.
“Oi gente, estamos partindo aqui agora, rumo ao Vale do Jequitinhonha. Na companhia dos nossos líderes aqui. Presidente, manda um abraço para o Vale do Jequitinhonha, fala que nós estamos chegando aí (Bolsonaro grava uma mensagem curta). Estamos chegando, hein!”.
Igor Timo informou que atua no Congresso com ética e transparência, afirmou que o governo está realizando obras importantes no Vale do Jequitinhonha – “região a qual tenho o compromisso de trabalhar em prol de projetos que proporcionem mais qualidade de vida” – e que não tem “fanatismo ou admiração arrebatadora” por nenhum governo nem preferência por políticos.
“Apenas reconheço as virtudes de cada um”, afirmou Timo, em nota ao Radar.
Sobre ainda não ter apresentado parecer sobre o caso de Eduardo no Conselho de Ética, o relator afirmou que está cumprindo os prazos para a conclusão, nos prazos estabelecidos pelo presidente do colegiado.
A data inicial para apresentar, diz o deputado, seria em fevereiro de 2020, mas que aditamentos, a pandemia e análise de fatos novos atrasaram o processo.
O caso de Eduardo foi protocolado há mais de um ano. Perguntado por Radar se já tem alguma posição sobre o caso, não houve resposta.
Veja o vídeo do deputado com o presidente.
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