Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Radar

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Pedro Pupulim. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

EXCLUSIVO: ONU cobra R$ 1,7 bi do Brasil e ameaça tirar direito a voto

Governo tem que quitar pelo menos R$ 530 milhões até início de janeiro

Por Evandro Éboli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 19h17 - Publicado em 29 nov 2019, 05h01

Vergonha das vergonhas! O Itamaraty pediu que o Ministério da Economia libere verba com urgência para quitar a dívida do país com a ONU. Motivo?

O Brasil está a um mês de perder o direito de voto na Assembleia Geral das Nações Unidas por ser mau pagador.

O país deve 415,8 milhões de dólares, acumulado entre 2016 a 2019. Com o dólar a R$ 4,19, chega a 1,7 bilhão de reais.

Para não perder espaço na ONU, um mico histórico, o Brasil deve, pelo menos, efetuar o pagamento mínimo da fatura, de 126 milhões de dólares, ou R$ 530,6 milhões, até início de janeiro de 2020. Pouco mais de  um mês.

Na Fazenda, o assunto está com o secretário-executivo do ministério, Marcelo Guaranys.

Radar teve acesso à carta de cobrança da ONU, enviada para o embaixador Mauro Vieira, representante do Brasil nas Nações Unidas, em 21 de novembro.

Continua após a publicidade

A entidade cobra o pagamento imediato da dívida e lembra que 136 estados membros já contribuíram na íntegra em 2019, e estão quitados com os anos anteriores.

“Se o seu governo pudesse se juntar a este grupo de Estados membros, seria um símbolo concreto de seu apoio à organização”, diz o documento.

E lembra de que a inadimplência pode tirar o direito de voto do Brasil na ONU, segundo o artigo 19 da Carta das Nações Unidas.

E pede que seja feito ao menos um pagamento mínimo, para o país participar das reuniões.

Continua após a publicidade

“Recomendo que seja considerado a aplicação desse pagamento mínimo ao orçamento ordinário”.

A carta é assinada por Chandramouli Ramanathan, secretário-geral assistente da ONU.

AVESSO À ONU

Jair Bolsonaro tem certa aversão à ONU. Ainda durante a campanha eleitoral criticava as Nações Unidas e chegou a declarar que o Brasil iria abandonar a organização. Depois, explicou que se referia ao Conselho de Direitos Humanos da entidade.

Continua após a publicidade

Certas causas menosprezadas por Bolsonaro, são caras para a ONU, como questão indígena, os próprios direitos humanos, respeito às minorias, questões climáticas.

Um exemplo: a organização cobrou uma posição do presidente quando ele declarou ter informações sobre o paradeiro de Fernando Santa Cruz, um militante de esquerda morto pela ditadura e desaparecido até hoje. O caso repercutiu e foi parar no STF também. Bolsonaro desconversou, e disse não ter informações concretas.

No seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em setembro deste ano, citou Donald Trump, outro avesso às Nações Unidas, e disse que a entidade precisava respeitar a liberdade e soberania de cada um.

O chanceler Ernesto Araújo não perde oportunidades para dar suas cacetadas na ONU.

Continua após a publicidade

Às vésperas da assembleia da ONU, o Brasil gastou R$ 40 milhões numa campanha para melhorar a imagem e mostrar as qualiades do país

Mas agora chega esse “papagaio” bilionário  para ser pago. A rede social bolsonarista é capaz até de defender um calote, mas o preço a ser pago é um risco.

Presidente Jair Bolsonaro em discurso na Assembleia-Geral da ONU, em 2019.
O presidente Jair Bolsonaro em discurso na Assembleia-Geral da ONU (ONU/Reprodução)

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.