O constrangimento dos comandantes das Forças Armadas no Planalto
Convocados para uma reunião política do governo, os chefes militares passaram duas horas ouvindo Bolsonaro e seus ministros

Na tentativa de demonstrar intimidade com a caserna, Jair Bolsonaro impôs aos comandantes das Forças Armadas um constrangimento.
A presença figurativa na reunião ministerial de terça-feira. Convocados pela segunda vez para uma reunião política do governo, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Exército), o almirante de esquadra Almir Garnier Santos (Marinha) e o tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica) ficaram duas horas em silêncio, ouvindo Bolsonaro e seus ministros.
“O presidente convoca porque gosta de ver os comandantes por perto, vestindo a farda”, diz um ministro do governo.
O chamado de Bolsonaro interrompeu inclusive a mais importante reunião do Alto Comando do Exército no ano. Os generais de quatro estrelas tiveram que esperar Paulo Sérgio por horas na terça. A orelha de Bolsonaro ardeu.