O camburão da PF e o recado da operação contra Renan, Braga e Vital
Segundo investigadores do caso, condução coercitiva seria o instrumento usado nesta terça contra os políticos – STF acabou com a medida em 2018
Alvos, nesta terça-feira, do despacho de Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, Renan Calheiros, Eduardo Braga, Vital do Rego ficaram injuriados com a batida da Polícia Federal para uma intimação.
Por uma ironia dessas que só ocorrem no Brasil, a turma do MDB, diz um investigador do caso, deveria agradecer ao STF sem reclamar.
Não fosse a decisão do Supremo, em 2018, sepultando as conduções coercitivas, essa mesma turma teria ganhado bilhetes para um passeio matinal nos carrões pretos da PF nesta terça.
Em tempo, há pouco o site Vortex Media revelou detalhes dos pedidos da PF em relação aos investigados nesta terça. Ao autorizar a nova fase, Edson Fachin negou as prisões da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB), do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (PT) e de Vital do Rego.
A PF sustentou ao Supremo que os alvos poderiam atrapalhar as investigações e seria necessária a prisão temporária. A Procuradoria-Geral da República foi contra o pedido da PF sob argumento de que não há elementos para justificar a restrição de liberdade. Fachin seguiu o entendimento do Ministério Público Federal.