‘Interferência de Bolsonaro na PF está oficializada’, diz Witzel
Governador do Rio questionou o fato de deputados bolsonaristas terem anunciado a ação nas redes nos últimos dias: ‘houve vazamento’
Principal alvo da Operação Placebo, deflagrada para apurar fraudes e desvios nos gastos do governo do Rio na pandemia, Wilson Witzel partiu, há pouco, para o ataque contra Jair Bolsonaro. A ação desta terça foi ordenada pelo Superior Tribunal de Justiça, a pedido da Procuradoria-Geral da República.
Ao negar participação em negócios ilícitos no governo, Witzel denunciou o vazamento da operação a deputados bolsonaristas e acusou Bolsonaro de ter interferido na Polícia Federal para que a ação fosse deflagrada.
ASSINE VEJA
Clique e Assine“Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará”, disse Witzel. “A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada”, complementou.
O governador diz estar “à disposição da Justiça” e com “sigilos abertos” para mostrar que não recebeu recursos indevidos. “Estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”, diz.
Há pouco, Bolsonaro comemorou a ação da PF.