Governo pode seguir a França e ter 7 de setembro ‘simbólico’
O tradicional desfile militar foi cancelado pelos franceses por causa da pandemia; Bolsonaro ainda não decidiu se manterá desfile, que já é organizado
Se depender da área técnica dos ministérios envolvidos na discussão do evento, o 7 de setembro deste ano não acontecerá. Interlocutores do governo ouvidos pelo Radar dizem que realizar uma festa, nos moldes do planejamento atual, para 20.000 pessoas na Esplanada é algo impensável. A decisão, no entanto, é de Bolsonaro.
Justamente por isso é que a energia dos técnicos do governo continua sendo gasta nos preparativos da festa. O presidente ainda não bateu o martelo sobre cancelar ou tocar o desfile.
Se ele decidir realizar o evento, dizem interlocutores ouvidos pelo Radar, seja de forma reduzida e adaptada, é preciso que as áreas tenham um projeto prévio. Daí o motivo de existir hoje um planejamento de desfile.
O exemplo da França, que não realizou neste ano o tradicional desfile militar de 14 de julho — festa nacional que comemora a tomada da Bastilha na Revolução Francesa –, virou modelo a ser seguido no Planalto. A parada foi substituída por uma homenagem, em espaço restrito, aos profissionais de saúde. Auxiliares acreditam que esse pode ser o caminho de Bolsonaro.
Na edição de VEJA que está nas bancas, o Radar mostra como o governo vem tocando o planejamento do desfile para público de 20.000 pessoas na Esplanada, nos moldes da festa realizada no ano passado. Por causa desse roteiro, o Ministério Público junto ao TCU pediu que a Corte adote medidas para evitar gasto público e ações que ameacem a saúde pública.