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Por Robson Bonin
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Fora do governo, Osmar Terra volta à guerra contra o canabidiol
Ex-ministro estreia em comissão discutindo com presidente e relator, favoráveis ao plantio para uso medicinal
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5 mar 2020, 14h16 • Atualizado em 5 mar 2020, 14h16
Ex-ministro do governo, Osmar Terra reassumiu o mandato na Câmara. E já se instalou na comissão que discute regularizar medicamentos elaborados a partir da cannabis sativa, a maconha. É radicalmente contra.
Na primeira reunião que participou, se indispôs com o presidente (Paulo Teixeira) e o relator (Luciano Ducci), ambos favoráveis ao plantio da maconha para esse fim,
Os seus argumentos são de que há um grande lobby pela liberação das drogas e que a questão da saúde é um pretexto; não há garantia científica da eficácia do canabidiol; e que cannabis é questão de polícia.
“A maconha é o maior fator de desencadeamento de psicose, de esquizofrenia, de retardo mental. É importante não só ouvir mães de pessoas com crises convulsivas (o uso do canabidiol tem dado resultado positivo nesses casos). Mas é preciso ouvir também mães dos filhos que usam drogas”, disse Osmar Terra.
O ex-ministro afirmou que 90% dos médicos são contra a liberação do plantio para uso medicinal.
“Se já é problema proibido, imagina liberado. É caso de polícia”.
O relator Ducci rebateu Terra.
“São coisas diferentes. Falamos de uso medicinal. Não tem como fazer pesquisa e produção sem produzir o insumo. Com controle e participação do governo. Ninguém vai fazer o plantio, que é caríssimo, para vender baseado na esquina”.
Ducci vai propor o plantio e o uso da cannabis para uso medicinal, em cosméticos e também veterinário.
Paulo Teixeria, presidente, também reagiu ao ex-ministro.
“Não tenho conhecimento de lobby, mas de famílias de pacientes que nos pedem com muita força. De gente que precisa se tratada, com epilepsia”.
Terra:
“Podem aprovar aqui, mas vamos derrubar no plenário”.
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