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CPI quer investigação sobre omissão do Conselho Federal de Medicina

Requerimento à PF e ao MPF pede apuração sobre o fato de médicos da Prevent Senior serem obrigados a receitar 'tratamento precoce' contra a Covid-19

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 set 2021, 14h25 - Publicado em 28 set 2021, 14h23

A CPI da Pandemia aprovou há pouco um pedido para que a Polícia Federal e o MPF investiguem possíveis omissões do Conselho Federal de Medicina (CFM), do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CRM-SP) e da ANS em relação aos métodos adotados pela Prevent Senior no tratamento de doentes pela Covid-19. A advogada Bruna Morato, que representa médicos da empresa que foram obrigados a prescrever o infame “tratamento precoce” contra a doença, presta desde a manhã desta quarta um depoimento perturbador à CPI. 

No relato da advogada, o negacionismo tinha interesses econômicos e um “kit covid” foi criado para ser a contraposição ao lockdown. A empresa, segundo ela, passou a usar o coquetel de remédios sem eficácia comprovada depois de se aproximar de um gabinete informal que assessorava o governo federal nas ações da pandemia. Atestados de óbito, de acordo com o depoimento, eram fraudados para omitir a Covid-19 como causa mortis nos hospitais da operadora. Um estudo conduzido pela empresa, disse ela, teve resultados modificados para dar a impressão de que o kit funcionava.   

O requerimento foi apresentado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). Os senadores pediram, em “caráter de urgência”, uma “rigorosa investigação” às procuradorias da República em São Paulo e no Distrito Federal e às superintendências da Polícia Federal, também em SP e no DF.

Pouco antes de o requerimento ser aprovado, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que houve um conluio entre o governo federal, o gabinete paralelo, os conselhos de medicina e a Prevent para propagar a tese do “tratamento precoce”. Ele lembrou que o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi demitido pouco depois de denunciar os métodos de um hospital da operadora em São Paulo.

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“Em 31 de março de 2020, o ministro Henrique Mandetta fez uma denúncia contra a Prevent Senior, o Hospital Santa Maggiore, dizendo que tinha uma quantidade enorme de pessoas aglomeradas, que de 136 pacientes, 79 tinham morrido. O CFM nada fez. O CRM-SP nada fez. Dezesseis dias depois, Mandetta é demitido. No mesmo dia da sua demissão, o CFM emitiu parecer que autorizava o tratamento precoce. Qual a teoria que eu tenho na minha cabeça agora? O governo federal, o gabinete paralelo, o CFM e a Prevent Senior atuaram em conjunto pra permitir que essa situação acontecesse. O CFM com essa resolução, que diz que ‘diante do período da pandemia, não cometerá infração médica os médicos que utilizarem cloroquina ou hidroxicloroquina em pacientes pacientes da Covid-19’. Isso foi publicado no dia da demissão do ministro Mandetta”, disse Costa.

O senador questionou o que os conselhos médicos fizeram com as denúncias do então ministro. “O CRM-SP não teria que investigar a denúncia do Mandetta? E o CRM-SP abriu investigação contra quem? Contra os médicos! Era obrigação do CRM investigar essa experiência macabra que foi feita neste hospital. Então, não venham colocar a culpa nos médicos que foram obrigados a fazer o que não queriam, e sim em quem deveria fiscalizar, e na própria empresa que adotou essas definições.”

 

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