Bolsonaro brinca com o coronavírus ao convocar manifestações
Pensando apenas em tirar proveito do fanatismo de alguns seguidores, presidente chama atos no dia 15; mundo cancela eventos coletivos por medo do vírus
No mundo inteiro, chefes de Estado das principais nações estão envolvidos no combate ao avanço do coronavírus. Grandes eventos foram cancelados dos Estados Unidos ao Japão. Até o Papa julgou prudente rezar missas pela televisão a atrair milhares de fiéis à Praça de São Pedro, no Vaticano.
No Brasil, Jair Bolsonaro resolveu envolver-se com o tema nesta sexta, depois de o vírus já ter se instalado no sofá da sala de seu governo. Pior.
O presidente em vez de sentar com seus auxiliares e revisar o calendário de grandes eventos para evitar riscos de propagação da doença, resolveu convocar ele mesmo o povo a se aglomerar no próximo dia 15 para protestar contra o inimigo invisível de seu governo.
A irresponsabilidade do presidente e o desinteresse pelo trabalho político de governar faz com que ele brinque com o perigo ao colocar sua população exposta ao risco global do coronavírus para servir de instrumento de pressão aos poderes.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não tem nada a dizer?