Bolsonarismo ruralista provoca a Europa, segundo maior comprador do país
Segundo a CNA, 66% das vendas do agro foram para 10 países em outubro. O primeiro foi a China, com 25,5% do total, seguida pela União Europeia (14,2%)
No momento em que o braço bolsonarista do agronegócio se mete a provocar os Europeus nessa discussão das barreiras comerciais a produtos brasileiros de areas desmatadas, a CNA divulgou dados que revelam o tamanho do problema.
As exportações do agro, segundo a CNA, fecharam outubro em 8,8 bilhões de dólares, crescimento de 10% em relação ao mesmo mês de 2020. A soja em grãos liderou a lista de produtos exportados no período, com participação de 19,5% e receita de 1,7 bilhão de dólares.
Ainda segundo a CNA, 66% das vendas do agronegócio tiveram 10 países como principais destinos. O primeiro foi a China, com participação de 25,5% do total, seguida pela União Europeia (14,2%).
O bolsonarismo no campo briga, portanto, com o segundo maior mercado brasileiro no momento. Estados Unidos (9,9%), Japão (3,3%) e Vietnã (2,9%) aparecem na sequência. Completam a lista Chile (2,4%), Irã (2,1%), Tailândia (2,0%), Coreia do Sul (1,9%) e Índia (1,9%).
Nesta terça, a Aprosoja, entidade metida até na organização de atos bolsonaristas, divulgou nota para dizer o que pensa sobre o debate de barreiras comerciais na Europa: “A União Europeia precisa entender que não são mais a metrópole do mundo (dona) e que o Brasil e demais países da América do Sul deixaram de ser suas colônias”, diz um trecho da nota.