Agora é o advogado de Bolsonaro que ataca dados de mortes na pandemia
Admar Gonzaga acusa gestores da Saúde de falsearem o número de mortes diárias por coronavírus

O empresário Carlos Wizard decidiu desistir de sua aventura no governo de Jair Bolsonaro, depois que suas declarações sobre recontagem de mortos e fraude nos monitoramentos de óbitos feitos por estados e municípios terem provocado revolta na opinião pública.
Como não há espaço vago no poder, até para cometer atrocidades, a vaga de Wizard foi ocupada nesta manhã pelo ex-ministro do TSE Admar Gonzaga, que advoga para Jair Bolsonaro, e também acusa gestores da saúde de inflarem os números das mortes na pandemia.
“Estavam falseado o número de óbitos do dia, colocando 1.500 pessoas morrendo naquele dia, quando se sabe que essas certidões de óbitos se referem a pessoas que morreram 60 dias atrás”, disse Gonzava, em entrevista nesta manhã à Rádio Gaúcha.
“As informações não tem que sair dos cartórios, mas dos estabelecimentos de saúde. Não é justo informar a população, para espalhar o pânico, o número de certidão de óbito registrado em cartório, pois essa pessoa não morreu nesse dia”, seguiu Admar.
Preocupado em agradar o chefe, Gonzaga, além de fazer pouco caso das mortes de mais de 37.000 brasileiros na pandemia, decidiu atirar contra o isolamento social.
Como se tudo fosse parte do jogo paranoico do governo contra a imprensa, o advogado disse que as autoridades que defendem o isolamento o fazem pensando “na audiência”. “A coisa que mais interessa hoje é prender as pessoas em casa para dar audiência”, disse.