A viagem com ‘tratamento especial’ de Bolsonaro a Nova York
Bolsonaro deve discursar na abertura da Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira

A viagem de Jair Bolsonaro para participar da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, foi precedida de polêmica por conta da resistência do presidente em se vacinar contra a Covid-19. Diante da exigência de que visitantes da cidade tenham sido imunizados, instalou-se no governo o temor pelo que poderia ser um constrangimento histórico em razão do negacionismo do presidente. Os outros integrantes da comitiva tiveram que cumprir todos os protocolos, inclusive um teste PCR negativo para entrar nos Estados Unidos e comprovante de vacinação para entrar em locais fechados como a sede da ONU.
O presidente, por sinal, levou na sua comitiva oito ministros, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
Acompanharam Bolsonaro os ministros Carlos Alberto França (Relações Exteriores), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Paulo Guedes (Economia), Marcelo Queiroga (Saúde), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Gilson Machado (Turismo), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (GSI).
O presidente e alguns ministros terão encontros bilaterais com representantes de outros países. Bolsonaro, por exemplo, deve conversar com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, no consulado do Reino Unido em Nova York. Na terça, a reunião será com o presidente da Polônia, Andrzej Duda. Haverá ainda um encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Bolsonaro deve falar na ONU sobre meio ambiente, os avanços do país no agronegócio e sobre questões relacionadas à pandemia.
Além deles, também estão em Nova York o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster, o representante permanente do país junto às Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, o secretário de Assuntos Estratégicas da Presidência, Flávio Rocha, e o advogado Rodrigo Mudrovitsch, na condição de convidado especial — ele foi indicado no fim do ano passado por Bolsonaro para a OEA.