A reforma administrativa emperra de novo na Câmara
Líderes partidários defendem inclusão do MP e do Judiciário no texto, mas cúpula da Casa resiste a validar emendas
A reforma administrativa acaba de bater em mais um paredão na Câmara. Desde e a tentativa desta quinta de apresentação do texto do relator, deputado Arthur Maia, que esbarrou na resistência do lobby policial, líderes partidários que atuam na discussão entraram em campo para cobrar algo ainda mais complicado: a inclusão do Ministério Público e do Judiciário no texto.
Um conjunto de emendas apresentadas pelos parlamentares sobre o tema está sobre a mesa e Maia precisa decidir como tratá-las no relatório. Uma ala da Câmara defende que as emendas sejam declaradas inconstitucionais. Outra, quer que a discussão vá ao plenário da Casa.
Na noite de quinta, líderes partidários procuraram o presidente da Câmara, Arthur Lira, depois de identificar um movimento para derrubar emendas apresentadas pelos deputados para incluir o Judiciário e o MP na reforma. Os líderes defenderam o direito de discutir a inclusão em plenário e deixaram claro que não irão votar a reforma, caso as emendas que tratam do MP e do Judiciário sejam declaradas inconstitucionais — posição recomendada pela Mesa Diretora.
No momento, o texto apresentado no início do mês pelo relator é o acordado para reiniciar o debate na próxima semana. Sem que essa discussão sobre as emendas seja superada, no entanto, a reforma não andará.