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O que Lula é

Sua Excelência, o Fato

Por Ricardo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 jan 2018, 19h26 - Publicado em 24 jan 2018, 18h09
O ex-presidente Lula chega ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), para acompanhar o julgamento do TRF4 - 24/01/2018
O ex-presidente Lula chega ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), para acompanhar o julgamento do TRF4, 24/01/2018 (Leonardo Benassatto/Reuters)

Encerrado o julgamento de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, e a levar-se em conta seu resultado, não estará errado quem chamar Lula de corrupto, e o criticar por isso. Ele foi condenado por ter-se deixado corromper e lavar dinheiro.

Esse é um fato consumado. Mas por consumado, não quer dizer que não possa ser revogado por um fato novo, ensinam velhos políticos. Cabem recursos contra a decisão do tribunal. E um deles, ou mais de um, poderá ser aceito por tribunal superior em Brasília.

Lula ainda não está inelegível, embora esteja por enquanto impedido pela Lei da Ficha Limpa de disputar eleições pelos próximos oito anos. Mas a mesma lei contém uma brecha. E por ela poderá passar um recurso suspensivo para que Lula possa concorrer à sucessão de Temer.

Feitas todas as ressalvas, nem por isso o fato consumado em Porto Alegre é menos relevante. Pelo contrário. Seu efeito sobre o futuro de Lula será esmagador na esfera da Justiça e na da política. De imediato, o PT manterá a candidatura dele. Mais tarde, porém…

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Mais tarde, mas não tarde demais, o partido começará a discutir internamente se não seria o caso de pensar num plano B, ou C, ou D, ou J – de Jaques Wagner, por exemplo, ex-ministro de Lula e Dilma e governador da Bahia por duas vezes. Elegeu seu sucessor.

O ex-ministro da Casa Civil no governo Dilma, Jaques Wagner (José Cruz/Agência Brasil)

Se dependesse de Olívio Dutra, quadro histórico do PT, ex-governador do Rio Grande do Sul, a discussão já teria sido aberta. Mas Dutra é respeitado dentro e fora do partido, mas pouco ouvido por seus companheiros. O ex-governador gaúcho Tarso Genro pensa como ele.

Lula reagirá de duas formas. Para o público externo, dirá que a esquerda e seus aliados devem se unificar em torno de uma nova proposta de governo para o país. Para o público interno, dirá que a unificação deve se fazer sob o comando do PT e em torno do seu nome.

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Lula sempre foi maior do que o PT, e continuará sendo. É ele que manda ali. Mas quando se vê em apuros, veste a camisa vermelha e pede socorro ao partido. Foi sempre assim. Nada sugere que deixará de ser. O que não quer dizer que dará certo outra vez.

A situação é excepcional. O ano é excepcional. Nunca antes na história do país um ex-presidente da República foi condenado por crime comum. De Temer se dirá que foi denunciado duas vezes por corrupção. De Lula, que foi condenado por corrupção. Está condenado.

O mundo gira, a Lusitana roda, e até Lula pode perder o controle sobre os acontecimentos. De alguma maneira, perdeu. O juiz Sérgio Moro está no controle. O grito de “eleição sem Lula é fraude” soará mais fraco a partir de agora. Poderá soar mais forte o grito de “eleição com Lula é fraude”.

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