É HOJE! Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Lula, de mal a pior

Diminui a capacidade do ex-presidente de transferir votos

Por Ricardo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jan 2018, 06h44 - Publicado em 31 jan 2018, 05h00
Lula
Ex-presidente na Praça da República em São Paulo após ser condenado no TRF4, 24/01/2018 (Heitor Feitosa/VEJA.com)

Uma semana depois de ter sido condenado a 12 anos e um mês de prisão pela segunda instância da Justiça e de ter ficado inelegível, e quando menos de seis horas haviam se passado desde que o Superior Tribunal de Justiça negou seu pedido de habeas corpus para não ser preso, Lula colheu mais um revés: subiu de 48% para 53% o percentual daqueles que dizem que não votam em um candidato a presidente da República apoiado por ele.

Foi o que descobriu o Instituto Datafolha ao entrevistar nas últimas 48 horas 2.826 eleitores em 174 municípios de todo o país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A rejeição a Lula manteve-se estável – oscilou de 39% para 40%. Mas só é menor que a rejeição do presidente Michel Temer (60% dos entrevistados afirmam que não votariam nele de jeito nenhum) e a do ex-presidente Fernando Collor (44%).

Os devotos de Lula, que teimam em desconhecer as provas que o levaram a ser condenado por quatro juízes (Sérgio Moro e os três de Porto Alegre) no caso do processo do tríplex, certamente só terão olhos para ver outro dado apresentado pelo Datafolha: seu guia e mestre, se a eleição fosse hoje, seria o mais votado no primeiro turno com percentuais que variam de 34% a 37%. E no segundo turno, derrotaria Jair Bolsonaro, ou Marina Silva ou Geraldo Alckmin.

Sessão é aberta para o julgamento do ex-presidente Lula, no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (RS) - 24/01/2018
Sessão é aberta para o julgamento do ex-presidente Lula, no TRF-4, Porto Alegre, RS, 24/01/2018 (YouTube/Reprodução)
Continua após a publicidade

A pesquisa trouxe outro dado, esse sim, capaz de levar os devotos de Lula ao nirvana: sem ele na disputa pela vaga de Temer, o percentual dos que se dizem inclinados a votar em branco ou em anular o voto saltaria de 22% para 32%. Esse é o cenário, batizemos assim, do apocalipse. Aos devotos, interessará brandir com ele para pressionar a justiça a permitir que Lula concorra à eleição. Não importa que sub judice. Muitos menos que para isso rasgue-se a Lei da Ficha Limpa.

Uma vez que o tribunal de Porto Alegre confirme em breve a decisão tomada há uma semana, só restará a Lula de fato a esperança de não ser preso graças a um ato de generosidade de instâncias superiores da justiça. Mas inelegível permanecerá, como outro dia confirmou o ministro Gilmar Mendes e, anteontem, sugeriu a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal. Preso ou solto, Lula influenciará o destino da sucessão de Temer.

Pelo menos 27% dos entrevistados pelo Datafolha admitem que o apoio de Lula a um candidato pesará “com certeza” na sua escolha. E 17%, que “talvez votassem no nome indicado por ele”. O percentual de votos cativos do PT sempre foi de 30% a 35%. Poderá manter-se. O mais provável, porém, é que se reduza, assim como tende a reduzir-se a capacidade de Lula de transferir votos. Até outubro, ele deverá ser condenado em mais um ou dois processos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.