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O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Governo monta Conselho para fazer o que quiser com a Amazônia

O mundo presta atenção

Por Ricardo Noblat
13 fev 2020, 09h00 • Atualizado em 30 jul 2020, 19h09
  • Era uma vez o Conselho Nacional da Amazônia Legal. Foi criado em 1995, ano em que o país era presidido por Fernando Henrique Cardoso, e dele faziam parte os nove governadores da chamada Amazônia legal (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso). A medida repercutiu positivamente mundo afora.

    Desativado, na prática, desde que Jair Bolsonaro tomou posse, o mundo ficou sabendo que Conselho voltaria a funcionar quando o ministro Paulo Guedes, da Economia, viajou, este ano, para o Fórum de Davos. Precisava deixar por lá a impressão de que algo voltaria a ser feito para proteger a Amazônia das queimadas e da devastação.

    Mas foi um truque. E pior: um truque de mágico amador. É verdade que pelo menos o comando do Conselho foi entregue a alguém que já viu a floresta de perto – o general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, que naquela região esteve a frente de uma brigada de infantaria da selva. Mas os nove governadores foram excluídos.

    Como isso se justifica? Não se justifica, é claro. E nem o próprio governo deu-se ao trabalho de justificar ao instalar o Conselho em cerimônia no Palácio do Planalto, onde o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete da Segurança Institucional, convidou o auditório a levantar-se das cadeiras e a gritar, em voz alta, “Selva”. Foi atendido com entusiasmo.

    Sequer para a cerimônia os governadores foram convidados. Entre embaixadores de outros países presentes, também não estava o da França, propositadamente esquecido. Parte da floresta Amazônia estende-se pela Guiana francesa. Mas o governo do presidente Emmanuel Macron é considerado por Bolsonaro um inimigo do Brasil e do seu governo.

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    Quem, mais do que os governadores da Amazônia Legal, conhece os problemas da Amazônia Legal? Por que deixá-los de fora do Conselho? Para que não deem sugestões? Para que não se oponham às políticas que o governo eventualmente pretenda implantar? Algumas dessas políticas conhecidas são questionáveis. É isso que provoca medo ao governo?

    Um Conselho desativado dará lugar a um Conselho de mentirinha. Se é o que o governo quer, terá. Só não pense que o mundo se deixará enganar por essa jogada tosca.

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