Desde que o Samba É Samba, segundo romance de Paulo Lins, vai seguir o mesmo caminho do primeiro: vai parar o no cinema. Os direitos de adaptação do livro, lançado no ano passado pela Planeta, 15 anos após a explosão de Cidade de Deus, foram adquiridos pela Mira Filmes, produtora de Marina Person e Carmem Maia. A direção vai ficar a cargo do marido da ex-VJ da MTV, Gustavo Moura.
Segundo Moura, o filme deve ser rodado no início de 2015. Não há previsão de estreia nem nomes escalados para o elenco. O longa, a princípio, deve ter o mesmo título do livro. O roteiro levará a assinatura de Leonardo Levis.
Quem não leu o romance não deve esperar um longa semelhante a Cidade de Deus, de Fernando Meirelles. Em Desde que o Samba É Samba, o foco não é a violência nas favelas cariocas, e sim o samba, a sua reinvenção – ou invenção, como prefere o autor – por mestres e malandros no Rio de Janeiro, a criação da primeira escola por bambas como Ismael Silva (a Deixa Falar, em 1928) e o surgimento da umbanda, em 1908. Se não como se deram os fatos, ao menos como Paulo Lins os imaginou.