Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

O que a desistência de Feder revela

O Ministério da Educação está prisioneiro de uma guerra interna no governo Bolsonaro entre as diversas alas e os interesses fisiológicos

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jul 2020, 07h08 - Publicado em 5 jul 2020, 20h42

A desistência de Renato Feder, depois de ter mostrado tanto interesse pelo Ministério da Educação (MEC), indica que o governo Jair Bolsonaro continua dando voltas sem saber o que fazer com a pasta. O ex-ministro Ricardo Velez Rodriguez durou três meses e foi um trimestre constrangedor. Abraham Weintraub ficou um ano e três meses sem deixar um traço do que tenha feito em favor da educação. Carlos Alberto Decotelli esteve na posição de quase ministro durante alguns dias, tempo em que seu currículo se desfez. 

Secretário de Educação do Paraná, Renato Feder conversou com o presidente, saiu dizendo que recebera tarefas de melhoria da educação, mas foi bombardeado por ter financiado a campanha do governador de São Paulo, João Dória. Acabou posto de lado em um primeiro momento, voltou para as bolsas de apostas, e passou outra vez a ser alvo. Até que anunciou sua recusa.

Antes de dizer que havia negado o convite, Feder fez tudo para ser aceito. Publicou uma série de posts em uma rede social para renegar as ideias que tinha quando escreveu um livro, aos 26 anos, favorável à privatização da educação e ao fim do MEC. Fez o mesmo para garantir que não havia “ideologia de gênero” no Paraná. Ou seja, reagiu aos ataques, até que jogou a toalha e anunciou que havia desistido.

O que o episódio Feder mostra é que o governo está perdido em um tiroteiro, porque não tem uma proposta para educação e nunca soube o que fazer com uma das pastas mais importantes do país. Os lances deste domingo, 5, comprovam que qualquer que seja a pessoa escolhida, ela ficará prisioneira de um cabo de guerra entre a chamada “ala ideológica” ou “olavista”, o grupo dos militares e a pressão do centrão para os cargos no ministério.

O vai não vai do Feder com a gestão Bolsonaro lembra uma velha história que ocorreu na preparação do que seria o governo Tancredo Neves, após ele ser eleito. Na ocasião, um ambicioso interlocutor afirmou ao presidente eleito: “Estão dizendo que eu fui convidado para ser ministro, o que eu digo?”. Tancredo respondeu: “Diga que você foi convidado e que recusou”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.