O estranho caso da vacina com atravessador
A Covaxin foi comprada com a intermediação de uma empresa, que cobrou valor alto. Era a mais cara e não tinha aval da Anvisa
A CPI vai ouvir um personagem importante para esclarecer por que o governo fez tanta questão de comprar por R$ 1,6 bilhão a vacina indiana Covaxin por meio de um acordo fechado com o laboratório Precisa Medicamentos.
Alex Lial Marinho, coordenador-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde do Ministério da Saúde, será questionado sobre um possível esquema de favorecimento do governo em relação a essa vacina e ao valor mais alto em relação aos demais imunizantes.
Em entrevista à Globo News, o senador Renan Calheiros afirmou que um depoimento sigiloso encaminhado à CPI motivou o requerimento de convocação de Lial Marinho.
“A aquisição da Covaxin, que como todos sabem, foi um contrato milionário de R$1,6 bilhão para uma vacina que não estava sendo aprovada pela Anvisa, que era a mais cara do mercado e a que tinha um calendário que possibilitaria maior demora na entrega. Isso chamou atenção porque essa aquisição de vacina é atípica sob todos os aspectos”, disse Renan.
Segundo o senador Randolfe Rodrigues, que assinou o requerimento convocando Lial Marinho, um servidor do Ministério da Saúde afirmou que o esforço do governo em relação à vacina da Covaxin não aconteceu com nenhuma outra vacina. “Nós temos indícios de que tem um esquema aí de favorecimento”, afirma Randolfe.
O servidor, que não teve o nome divulgado, teria dito que o governo queria que a Anvisa aprovasse “a exceção da exceção” ao autorizar o uso da Covaxin.
De um lado, o governo ignorou os contatos iniciais com a Pfizer em 2020. Do outro, se esforçou para trazer um imunizante não autorizado e mais caro do que a média. Essa é mais uma questão que deverá ser desvendada pela CPI.
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