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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A crise que Bolsonaro tentou esconder e que pode explodir o governo

Questão energética deve provocar novos apagões de popularidade do presidente, que precisará de fusível e não de fuzil 

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 set 2021, 09h49 - Publicado em 1 set 2021, 08h46

A crise enérgica queimou mais um fusível político do presidente Jair Bolsonaro. A história é simples. O novo aumento da conta de luz, elevará a inflação – e todo aumento de inflação aumenta o mau humor da população em relação a um governo. Qualquer que seja ele. Ainda mais com o desconforto de viver a insegurança energética. 

Mais uma vez a crise tem componentes derivados do mesmo defeito original do governo: ele nega. O negacionismo fez o governo adiar as medidas necessárias e elas ainda são insuficientes, segundo especialistas.

Sim, Bolsonaro vai continuar com a narrativa de que o povo está com ele. Vai tirar fotos do 7 de setembro e colocar os robôs das redes sociais para trabalhar. Mas está claro que a situação do presidente piorou ainda mais com o novo revés.

A crise enérgica atrapalha o nível de atividade e, por consequência, o ritmo da recuperação da economia em um ano eleitoral. Economistas já começam a prever que o último trimestre já de 2021 pode ter queda do PIB por causa da questão energética, agora exposta.

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O governo Bolsonaro tentou esconder ao máximo a crise. Mas ela estourou na cara dos brasileiros, enquanto os integrantes da atual gestão ainda não falam a palavra racionamento. O ministro de Minas e Energia do Brasil, Bento Albuquerque, acabou tendo, por exemplo, que fazer um pronunciamento.

Mas o que se sabe, nos bastidores, é que o governo estudava fazer há um tempo essa fala à nação, mas recuava, tentando adiar para depois do 7 de setembro. Meio que tentando fazer com que as más notícias só chegassem após o Dia da Independência. Não deu certo de novo, como se viu.

Mais um aumento na conta de luz, com a criação da nova bandeira, agora a da escassez hídrica. Bolsonaro não devia gostar dos outros nomes. Já havia a bandeira vermelha 1, a bandeira vermelha 2 e agora surgiu esta nova, mais que vermelha, que gera novo aumento na conta de luz.

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O problema é que isso vai afetar ainda mais a popularidade do presidente, que está em queda vertiginosa. Ou seja, sejamos claros: queimou-se mais um fusível do governo, somando-se a várias áreas que já tiveram apagão, como o da Saúde. O novo curto circuito aumenta os problemas econômicos, mas também a sensação de má gestão.

Até o ritmo da produção pode cair com a crise energética. E qual foi a responsabilidade do governo neste novo problema? Má administração. Ela foi mal gerida porque a “gestão” Bolsonaro tinha que ter tomado decisões antecipadas em vez de esconder a crise. Criado um comitê de crise que aumentasse a transparência do que está acontecendo na área da energia. Mas, como sempre, preferiram negar e dourar a pílula.

Recentemente, o presidente voltou a falar em fuzil numa declaração grotesca em que diminuiu a importância do feijão em um país que tem miseráveis e em que a fome cresce. Ele, como sempre, estava olhando para o lugar errado. Não está precisando de fuzil, mas de fusível. Bolsonaro deixou mais um fusível importante do seu governo se queimar.

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