Corregedor que se reuniu com Bolsonaro perde eleição para presidir o TJ-RJ
Bernardo Garcez teve 78 votos e foi derrotado pelo desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, que teve 95

O desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira foi eleito nesta segunda-feira, dia 30, presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Ele obteve 95 dos 177 votos e derrotou o corregedor, desembargador Bernardo Garcez, que somou 78 votos.
A derrota de Garcez acontece dias depois de ele ter se reunido com o presidente Jair Bolsonaro em Brasília, na sexta-feira, 20. O Órgão Especial do TJ do Rio, do qual Garcez faz parte, é quem vai aceitar ou rejeitar a denúncia do Ministério Público do Rio sobre o caso das rachadinhas do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O relator do caso é o desembargador Milton Fernandes de Souza. Flávio foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O Zero Um é apontado pelos promotores como líder da organização.
Em nota, a Corregedoria do TJ do Rio informou que processos judiciais não foram discutidos no encontro e que foram tratados assuntos gerais de interesse da administração pública, como os desafios enfrentados pela primeira instância do Judiciário durante o período da pandemia. O convite, segundo a Corregedoria, foi feito pela Presidência da República. A proposta era de que o órgão, que fiscaliza a atividade de juízes e desembargadores, “integre o Comitê de Modernização de Ambiente e Negócios”.