Bolsonaro reitera a evangélicos que vetará projeto que libera jogo de azar
Pastor Silas Malafaia recebeu mensagem do presidente garantindo que, se texto passar no Congresso, será vetado. Tema está na pauta da Câmara
O presidente Jair Bolsonaro (PL) reiterou a líderes evangélicos nesta segunda-feira, 13, que vetará o projeto de lei que libera os jogos de azar caso ele seja aprovado no Congresso. O veto pode, posteriormente, ser derrubado pelo próprio Congresso. Embora, nos bastidores, setores do governo apoiem a legalização dos jogos – o que estimulou os deputadores a darem andamento ao projeto –, Bolsonaro assumiu com os evangélicos o compromisso de barrar a medida. O argumento dos deputados favoráveis à liberação de todos os tipos de jogos de azar (cassinos, bingos, jogo do bicho) é que ela vai aumentar a arrecadação de impostos e incentivar o turismo no pós-pandemia.
O projeto pode ser votado no plenário da Câmara ainda nesta semana. Um requerimento de urgência está na pauta desta segunda-feira. Pela manhã, o pastor Silas Malafaia, da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo e um líderes dos religiosos mais próximos do governo, divulgou um vídeo contrário à aprovação do texto. Em resposta, recebeu uma mensagem de Bolsonaro reafirmando que vetará o texto. “Nós vamos jogar muito pesado com a aprovação desse lixo moral na sociedade brasileira, que só interessa a grupos econômicos poderosos e àqueles que ganham dinheiro de maneira ilícita para lavagem de dinheiro”, afirma o pastor.
Em entrevista a VEJA em setembro, Bolsonaro já havia afirmado que iria vetar o projeto. “Se porventura aprovar, tem o meu veto, que é natural, e depois o Congresso pode derrubar o veto”, disse. A declaração não desanimou os políticos entusiastas da legalização. Alguns setores do governo, como nos ministérios do Turismo e da Economia, sinalizam que a regulamentação dos jogos pode ser bem-vinda.
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