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Por José Benedito da Silva
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Bolsonaristas querem usar o Dia do Trabalho para atacar isolamento social

Convocações, que repercutem críticas de Bolsonaro, pedem volta das atividades no momento em que o país bate a marca de 400 mil mortos por causa da Covid-19

Por Camila Nascimento Atualizado em 30 abr 2021, 13h47 - Publicado em 30 abr 2021, 12h39

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão organizando para amanhã, 1º de maio, Dia do Trabalho, manifestações pelo país para criticar as medidas de isolamento social e defender a volta das atividades normais, com o argumento de que o brasileiro precisa recuperar a sua liberdade para trabalhar. O uso da data para criticar uma das principais ferramentas utilizadas por governadores e prefeitos para conter a pandemia ocorre no momento em que o país ultrapassou a marca de 400 mil mortos pela Covid-19.

Tradicionalmente, as manifestações do Dia do Trabalho são lideradas pelas centrais sindicais, mas tanto em 2020 quanto neste ano os atos ocorrerão virtualmente por conta da pandemia. Neste ano, nove organizações de sindicalistas, entre elas as duas maiores — CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical — organizarão a live “1o de Maio pela Vida”, que tem como tema a defesa da democracia e das vacinas. A organização pede para que os trabalhadores fiquem em casa e respeitem o isolamento.

A movimentação bolsonarista repercute um dos principais discursos do presidente, que se tornou um crítico quase diário das políticas de isolamento social — ele já chegou, durante visita ao Amazonas, a ameaçar usar as Forças Armadas para garantir o direito de as pessoas trabalharem nos estados que adotam restrições. 

Na última segunda-feira, 26, ao atacar governadores em conversa com simpatizantes em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente voltou a falar sobre o assunto. “Chegou a hora de o Brasil dar um novo grito de independência, de que não podemos admitir alguns pseudo-governadores quererem impor a ditadura no meio de vocês, usando do vírus para subjugá-los”, afirmou.

Nas redes sociais, apoiadores e políticos bolsonaristas falam exatamente em um “grito de independência” e em fazer da data um “dia histórico”. Além de criticar as medidas restritivas, as postagens sobre a manifestação nas redes sociais atacam o STF (Supremo Tribunal Federal), pedem intervenção militar e defendem a reeleição de Bolsonaro.

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As manifestações estão sendo articuladas em várias capitais, mas a expectativa é que o maior ato ocorra na Avenida Paulista, em São Paulo. O estado é governado por João Doria (PSDB), um dos principais opositores do presidente e defensor das medidas de isolamento e da vacinação para conter o vírus. O tucano será um dos principais alvos do ato bolsonarista.

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro, tem atuado ativamente nas redes sociais convocando apoiadores a irem até a Avenida Paulista. O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), outro bolsonarista ativo na internet, disse que a democracia e a liberdade estão “sofrendo duras ameaças”. A hashtag “Dia01PeloBrasil”, usada para falar sobre as manifestaões, está desde o início da manhã desta sexta-feira entre os assuntos mais comentados do Twitter.

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