Dez países europeus já aceitam brasileiros vacinados com CoronaVac
Espanha engordou a lista na terça, 24, liberando pessoas imunizadas com os fármacos da Pfizer, da Astrazeneca, da Janssen e da Sinovac (Coronavac)
Aos poucos, o passaporte da vacina começa a abrir as portas no exterior aos turistas brasileiros. Nesta semana, a Espanha anunciou que receberá passageiros daqui que estejam imunizados com duas doses dos fármacos da Pfizer, da AstraZeneca, da Sinovac (a CoronaVac desenvolvida pelos chineses em parceria com o Butantan) e da Janssen (neste último caso, a dose é única). A iniciativa espanhola engordou a lista de países europeus que aceitam receber brasileiros vacinados com o imunizante do Butantan. No total, pelo menos dez nações do Velho Continente fizeram a liberação da CoronaVac: Áustria, Chipre, Espanha, Finlândia, Grécia, Islândia, Holanda, Suécia, Suíça e Ucrânia.
Dados do Ministério da Saúde mostram que, das 171,2 milhões de doses aplicadas no Brasil, 59,2 milhões são da CoronaVac (34,6%). O imunizante chinês só fica atrás da vacina da AstraZeneca, que responde pelo percentual 45,8% do total de doses aplicadas (78,4 milhões). Com o passar do tempo, no entanto, a expectativa é que esse cenário mude – o Butantan planeja entregar no final deste ano uma fábrica que vai permitir a produção da CoronaVac sem a necessidade de importação do Insumo Farmacêutica Ativo (IFA) da China. “A partir de janeiro de 2022 começa a produção industrial, em escala, para atendimento de todo o país”, disse o governador João Doria (PSDB) no anúncio da fábrica, em fevereiro deste ano.
Desde junho deste ano, a CoronaVac já é liberada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso emergencial, considerado um pré-requisito para que vacinas possam ser compradas através do Consórcio Covax Facility. A inclusão do imunizante no rol de vacinas aprovadas também serve como um atestado de qualidade para que outros países passem a liberar sua aplicação.
Com base nas evidências disponíveis, a OMS recomenda a CoronaVac para uso em adultos de 18 anos ou mais, em um esquema de duas doses com um espaçamento de duas a quatro semanas. Segundo a organização, os resultados da eficácia da vacina mostraram que a vacina preveniu doenças sintomáticas em 51% dos vacinados e preveniu a Covid-19 grave e hospitalização em 100% da população estudada.