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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Alckmin sobre ser o vice de Lula: ‘Vamos amadurecer e depois conversar’

Ex-governador de São Paulo, que está de saída do PSDB, afirmou que o petista preenche um requisito que considera fundamental: ‘Tem apreço pela democracia’

Por Tulio Kruse Atualizado em 12 nov 2021, 19h40 - Publicado em 12 nov 2021, 17h56

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um político “que tem apreço pela democracia”, ao ser questionado sobre a possibilidade de ser candidato a vice-presidente na chapa do petista em 2022.

“A política tem de ser feita com civilidade, temos de resgatar a boa política, precisa ser feita com quem tem apreço pela democracia”, disse, para em seguida ser questionado se Lula preenchia esse requisito. “Mas é claro que tem”, disse.

Ao ser indagado sobre se poderia haver essa composição para a disputa presidencial de 2022, ele não confirmou, mas também não descartou. “Vamos amadurecer e depois a gente vai conversar”, afirmou.

Alckmin, que está de saída do PSDB, já foi candidato a presidente da República duas vezes – a última foi em 2018, quando ficou em quarto lugar – e já enfrentou o petista no segundo turno da disputa presidencial de 2006.

O tucano, que vai deixar o PSDB ao ver fechada no partido a porta para poder se candidatar a um quinto mandato ao governo do estado, tem evitado dar respostas conclusivas sobre para qual partido irá – o favorito é o PSD – e se concorrerá ao governo de São Paulo ou na eleição nacional. Além da sigla de Gilberto Kassab, ele também já recebeu propostas de filiação ao PSB e do União Brasil, partido que resultará da fusão entre PSL e DEM.

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O ex-governador disse que se sente “honrado” ao ser lembrado como possível candidato ao governo ou à vice-presidência da República. Ele passou por um período sabático, afastado da política, desde a derrota nas eleições de 2018. Atualmente está terminando um doutorado em medicina na Universidade Nove de Julho (Uninove), dá aulas no interior paulista e na região metropolitana, e trabalha no ambulatório do Hospital das Clínicas uma vez por semana.

Articulação

Entre os nomes que tentam construir um diálogo entre Alckmin e Lula estão o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-deputado Gabriel Chalita e o ex-governador Márcio França. Para os dois pré-candidatos ao governo paulista, Haddad e França, a composição seria vantajosa, pois tiraria Alckmin da disputa estadual –ele hoje aparece em primeiro lugar em pesquisas de intenção de voto. “Eu quero ser candidato a governador de São Paulo, e o que for melhor para isso eu vou trabalhar para que possa acontecer”, disse França.

Segundo ele, as conversas se intensificaram após o anúncio da fusão entre DEM e PSL, que deve construir o partido com a maior bancada da Câmara dos Deputados, o União Brasil. Como reação, PT e PSB tentam formar uma coalizão que também inclua nomes mais moderados para atrair votos de eleitores mais identificados com o centro do espectro político. “Ele (Lula) precisa buscar um eleitor que não é dele, que não votou nele”, disse.

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‘Treino livre’

Alckmin participou do quinto dia de gravações do reality show O Político, apresentado por França. O episódio da série gravado nesta quinta contou também com a presença do presidenciável Ciro Gomes (PDT), que também mantém conversas com o PSB e com partidos da centro-direita para possíveis alianças em 2022. Ele caracterizou o período dos últimos meses como um “treino livre” entre os partidos políticos para testar as pré-candidaturas, e explicou que alianças políticas só devem ser fechadas após o primeiro trimestre do ano que vem.

“Treino livre porque qualquer um que tem um ‘calhambeque’ pode entrar na pista para ver quanto tempo faz, é nesse momento em que estamos”, disse Ciro, em uma metáfora da corrida eleitoral com o automobilismo.

Ciro argumentou também que a disputa pela “terceira via”, que é como tem sido chamadas as candidaturas que tentam se consolidar como alternativas a Lula e ao presidente Jair Bolsonaro, é uma “camisa de força que não explica a vida real no Brasil”. Ele disse que não se identifica com diversos nomes que tem sido classificados como integrantes da terceira via, como o ex-ministro Sergio Moro e o governador João Doria. O pedetista diz que mantém interlocução com PSB, PV, Rede Sustentabilidade, à esquerda, e à direita com DEM e PSD. Nenhuma promessa de aliança foi feita até o momento. “O povo precisa mostrar, ali por maio, que este caminho é viável. Aí, os políticos virão.”

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