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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A primeira grande trombada entre Bolsonaro e Arthur Lira

Presidente da Câmara empenhou apoio público à médica Ludhmilla Hajjar no Ministério da Saúde, mas o nome dela não passou pelo crivo do bolsonarismo

Por Da Redação
Atualizado em 19 mar 2021, 00h04 - Publicado em 15 mar 2021, 15h09

Não demorou muito: já aconteceu a primeira trombada entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que chegou ao comando da Casa há pouco mais de um mês (no dia 2 de fevereiro) apoiado pelo bolsonarismo e, por isso, considerado um grande aliado nas causas do governo.

Lira empenhou apoio público ao nome da médica cardiologista Ludhmila Hajjar para substituir o desgastado Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde. “Coloquei os atributos necessários para o bom desempenho à frente da pandemia: capacidade técnica e de diálogo político com os inúmeros entes federativos e instâncias técnicas. São exatamente as qualidades que enxergo na doutora Ludhmila”, postou no Twitter na noite de domingo, 14.

E acrescentou: “Espero e torço para que, caso nomeada ministra da Saúde, consiga desempenhar bem as novas funções. Pelo bem do país e do povo brasileiro, nesta hora de enorme apreensão e gravidade. Como ministra, se confirmada, estarei à inteira disposição”.

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Mas não aconteceu. Bolsonaro preferiu ouvir os gritos da sua base mais radicalizada que, desde que o nome da médica passou a ser ventilado, encheu as redes sociais de críticas à indicação, acompanhadas de fotos dela ao lado de desafetos do bolsonarismo, como o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (MDB-RJ) e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de uma live da qual ela participou ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff.

E pesou também – para os bolsonaristas e para o próprio Bolsonaro – o fato de ela não comungar com a defesa do uso da hidroxicloroquina (e do chamado “tratamento precoce” em geral) nem com as críticas ao distanciamento social.

Nesta segunda-feira, 15, a VEJA, ela disse que rejeitou assumir o ministério por “divergências técnicas”.

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Pacto nacional

Na semana passada, a insistência de Bolsonaro em atacar a adoção do isolamento social nos estados já havia prejudicado o esforço de Lira para se colocar como mediador entre o presidente e os governadores na questão do combate à pandemia. Tanto Lira quanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), têm sido fundamentais no esforço para construir algum tipo de pacto pela vacinação entre os estados e a União. Para muitos chefes de Executivo estaduais, de nada vale trocar o ministro da Saúde se o presidente continuar com a mesma mentalidade de sabotar os esforços que estão sendo adotados para deter o coronavírus.

Lira, certamente, não deve ter gostado do desfecho da sua indicação da médica Ludhmila Hajjar, mas pode já estar pensando em outra maneira de fazer o presidente colocar um indicado seu no comando da pasta: um dos nomes que vêm sendo aventados pelo Centrão, bloco que o presidente da Câmara lidera, é o do deputado Luiz Antônio Teixeira Jr (PP-RJ), conhecido como Dr. Luizinho. O bloco parlamentar, conhecido por sua propensão à fisiologia, sonha, claro, com o controle de um orçamento anual de quase 200 bilhões de reais.

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