Parte do PT repudia aliança e vê Alckmin como “novo Temer”
Em manifesto, grupo petista descreve "o famigerado ex-governador Alckmin (SP)" como "candidato a ser um novo [Michel] Temer" na vice-presidência de Lula
Lula e Geraldo Alckmin têm encontro previsto para hoje, em São Paulo, num jantar promovido por advogados.
A torcida pela chapa Lula-Alckmin é grande no Partido dos Trabalhadores. No mundo ideal de parte da cúpula petista, ajudaria o trânsito de Lula “ao centro conservador” e ampliaria as chances de vitória no primeiro turno — algo sem precedentes no histórico do PT.
Mas não há consenso. Uma fração dos dirigentes do partido, por enquanto minoritária, resiste a toda a qualquer possibilidade de união com “forças da direita”, onde incluem o Partido Socialista Brasileiro (PSB).
O grupo Diálogo e Ação Petista, por exemplo, produziu um manifesto no qual descreve “o famigerado ex-governador Alckmin (SP)” como “candidato a ser um novo [Michel] Temer” na vice-presidência. Para eles, Temer e o MDB, assim como o PSB, e outros partidos “burgueses” conspiraram e executaram um golpe contra Dilma Rousseff, em 2016.
Numa recente reunião do PT, quando a discussão resvalou para o veto a Alckmin, um aliado de Lula propôs, ironicamente, uma chapa com Dilma na vice-presidência. A conversa foi encerrada e todos seguiram para os botequins vizinhos.