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Isabela Boscov

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O ótimo ‘Klaus’, da Netflix, celebra a invenção do Natal – e os bons modos

Desenho do espanhol Sergio Pablos, de 'Meu Malvado Favorito', usa com primor a hoje quase abandonada animação em 2D

Por Isabela Boscov Atualizado em 27 nov 2019, 16h16 - Publicado em 27 nov 2019, 15h00

Jesper é um folgado: vive da fortuna da família, mimado pela criadagem, e dá um jeito de se sair muito mal em qualquer ocupação que o pai lhe arrume para ver se, afinal, ele desiste de tentar lhe arrumar ocupações. Mas o pai é tão teimoso quanto o filho e, como último recurso, despacha-o para perto do Círculo Ártico, na longínqua Smeerensburg, uma ilha congelada onde todos são de um mau-humor extravagante. Os smeerenburguenses brigam sem parar, viram a cara uns para os outros, transformaram seu vilarejo numa ruína cinzenta e até fazem questão de que seus filhos sejam malcriados; nem sequer mandam a criançada para a escola. A professora, a jovem srta. Alva, teve de virar peixeira para sobreviver e juntar uns trocados para aquele que é seu maior sonho: ir embora de Smeerensburg e nunca mais voltar. E, como os smeerenburguenses não falam uns com os outros, também a missão de Jesper está fadada ao fracasso. Como montar um correio em que circulem 6 000 cartas no ano se há décadas ninguém ali envia um bilhete que seja? O encontro entre Jesper e Klaus, um velho artesão que mora sozinho no meio da floresta, porém, vai mudar essa história. Ou, melhor dizendo, vai resultar em uma história muito conhecida, para a qual o diretor, roteirista e animador Sergio Pablos inventa explicações engenhosas, divertidas e, por que não, instrutivas: nem sempre as boas ações nascem de boas intenções ou bons sentimentos, lembra Klaus – mas seu efeito prático é, ainda assim, quase sempre bom. De forma que, de tanto Jesper fingir que é um sujeito bacana – por puro interesse, para atingir sua meta, dar no pé e receber a sua herança –, ele acaba virando isso mesmo: um cara legal, para sua própria surpresa.

Klaus
(Netflix/Divulgação)

Não só o filme é uma graça, como a animação é linda. O mais surpreendente: embora não seja fácil perceber, trata-se de animação convencional, em 2D, coisa que, no cinema comercial, caiu em desuso quase completo. Não só o traço de Pablos é muito interessante, como o nível de detalhe e de nuance e a qualidade da iluminação são impressionantes. Em uma entrevista, perguntaram a Pablos porque ele estava voltando ao 2D; ele respondeu que não estava voltando, mas sim tentando colaborar para levá-lo à frente, já que ainda pode ser um formato de animação tão rico quanto qualquer outro (algo que os filmes do japonês Hayao Miyazaki, de Meu Amigo Totoro, A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado, provam com fartura de evidências). Ponto para a Netflix, porém, por ter bancado uma aposta como essa. Em retribuição, Pablos deu à plataforma aquele que possivelmente será o melhor filme de Natal deste ano.


Trailer

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KLAUS
Espanha, 2019
Direção: Sergio Pablos
Com as vozes de Jason Schwartzman, Rashida Jones, J.K. Simmons, Joan Cusack, Norm MacDonald
Onde: na Netflix

 

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