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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".

Traz a pipoca! Comissão do impeachment é Brasil!

Petistas quebram urnas, mas oposição vence o autoritarismo no voto

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 4 jun 2024, 22h48 - Publicado em 8 dez 2015, 19h18

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Depois de muito tumulto no plenário da Câmara, a chapa dois, formada por deputados de oposição e dissidentes da base aliada, venceu por 272 votos a 199 a chapa um, formada pelos cúmplices do desgoverno de Dilma Rousseff, e conquistou o comando da comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment contra a petista, acolhido pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha, na semana passada.

Parabéns aos parlamentares que brandiram o boneco do Pixuleco para mostrar o maior responsável pelo caos nacional, cantaram “Ai, ai, ai, tá chegando a hora… a Dilma já vai embora” e reagiram a gritos de “Não vai ter golpe!” com o coro de “Vai ter impeachment!”.

Foi uma vitória do Brasil, da democracia, do Estado de Direito, do respeito ao artigo 19 da Lei 1.079, que prevê eleição para a comissão especial:

“Recebida a denúncia, será lida no expediente da sessão seguinte e despachada a uma comissão especial ELEITA [grifo meu], da qual participem, observada a respectiva proporção, representantes de todos os partidos para opinar sobre a mesma”.

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Perderam Dilma, PT, linhas auxiliares e especialmente o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que havia se recusado a reservar vagas para deputados pró-impeachment na comissão, motivo pelo qual eles se articularam para formar a chapa dois e derrubá-lo da liderança.

Leonardo Picciani defende Dilma contra o impeachment como Roberto Jefferson defendia o então presidente Fernando Collor de Mello – e este blog torce para que o desfecho de todos seja o mesmo.

Agora, caberá à comissão dar o parecer prévio sobre o pedido, que, como tudo indica, será favorável à derrubada legal de Dilma sapiens. A questão, então, será levada a plenário e, se pelo menos 342 dos 513 deputados optarem por instaurar o processo, Dilma será julgada pelo Senado.

Como a comissão tem de ter 65 nomes, mas só foram escolhidos 39 de 13 partidos, os demais ainda precisarão ser eleitos em votação suplementar agendada para quarta-feira.

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Tumulto
Na sessão desta terça, os governistas resmungaram contra a votação secreta porque queriam usar a pressão dos líderes de bancada contra eventuais dissidentes da base aliada, que, em segredo, de fato se sentiram mais à vontade para votar com a própria consciência, contra Dilma Rousseff.

O cinismo de Picciani ao lamentar “que num tema tão importante para o país os parlamentares tenham se escondido atrás do voto secreto” fica evidente pelo simples fato de que 63% dos brasileiros, segundo o Datafolha, são favoráveis ao impeachment.

Ou seja: os governistas querem fazer crer que o voto secreto mostrou a covardia de parlamentares em relação à população brasileira (que eles simplesmente agradaram), quando, na verdade, o voto aberto é que talvez mostrasse a covardia deles em relação à orientação dos líderes.

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Quebra-quebra
O espetáculo de autoritarismo para impedir a votação foi tamanho que este blog vem cobrar:

1) cassação dos deputados do PT e aliados que quebraram dez urnas eletrônicas e algumas cabines;

2) ações contra cada um deles por crime de patrimônio público.

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A comunista Jandira Feghali ainda ficou resmungado e gritando “golpe” no plenário após o resultado da votação, mas a ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do STF, negou provimento a uma das ações do PCdoB contra a sessão que decidiu a criação da comissão do impeachment. As outras, no entanto, ficaram nas mãos de Luiz Edson Fachin, o que é sempre um perigo para a democracia.

De qualquer boas, seguiremos aqui, de boas, assistindo à tragicomédia nacional.

Pipoca

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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