Sergio Moro condena 8 por Abreu e Lima. Lula errou por um
Sergio Moro botou para quebrar nesta quarta-feira. No “balanço” do juiz federal, oito pessoas foram condenadas por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso de desvios de recursos públicos da Petrobras em obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Seis delas ainda terão de pagar à estatal uma indenização de […]
Sergio Moro botou para quebrar nesta quarta-feira.
No “balanço” do juiz federal, oito pessoas foram condenadas por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso de desvios de recursos públicos da Petrobras em obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco.
Seis delas ainda terão de pagar à estatal uma indenização de R$ 18 milhões por repassar esse valor entre 2009 e 2012 a partir de atividades ilícitas.
A obra foi feita pelo Consórcio CNCC, integrado pela Camargo Corrêa, e os recursos passaram pelas empresas Sanko, MO Consultoria, Empreiteira Rigidez, RCI Software, Labone Química, Indústria Labogen e Piroquímica, com direito a remessas ao exterior para pagamento de propinas a agentes públicos.
Eis as condenações, em resumo.
Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, cujo pedido de perdão judicial foi negado por Moro:
– 7 anos e meio de prisão, descontado o tempo já cumprido.
– Terá o benefício de regime aberto a partir de outubro de 2016.
– Até lá, deverá “cumprir ainda um ano de prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, a partir de 1.º de outubro de 2014 e mais um ano contado de 1º de outubro de 2015, desta feita de prisão com recolhimento domiciliar nos finais de semana e durante a noite”, segundo Moro.
Alberto Youssef, doleiro:
– 9 anos e 2 meses de prisão.
– Um terço da pena terá de ser cumprido em regime fechado.
– Youssef é reincidente, motivo pelo qual sua pena é maior.
– Em junho de 2004, ele foi condenado no caso Banestado, por evasão de divisas.
Os outros seis réus condenados por Moro são:
Márcio Bonilho, da Sanko Sider:
– 11 anos e 6 meses
Waldomiro de Oliveira, representante da MO, empresa de fachada de Youssef:
– 7 anos e 6 meses
Leonardo Meirelles, um dos donos do Laboratório Labogen:
– 5 anos e 6 meses
– Com base em seus depoimentos, a Justiça pode chegar à prisão definitiva do ex-deputado petista André Vargas.
Leandro Meirelles, irmão de Leonardo e seu sócio na Labogen:
– 6 anos e 8 meses
Pedro Argese Júnior, funcionário de Leonardo Meirelles, da Labogen:
– 4 anos e 5 meses
Esdra de Arantes Ferreira, também funcionário do Leonardo Meirelles, da Labogen:
– 4 anos, 5 meses e 10 dias
Parabéns ao juiz Sergio Moro e aos procuradores da operação que lava a jato a alma do Brasil.
Quem sabe, Lula acerta na próxima.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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